sexta-feira, 13 de novembro de 2009

SEMPRE DO CONTRA !



Quando o anterior governo introduziu as taxas moderadoras para internamento e para acto cirúrgico realizado em ambulatório, o PCP era contra. Antecipando que o actual governo persistiria com as taxas, voltou a pronunciar-se contra as mesmas. Afinal, o Governo procedeu a uma reavaliação da experiência de aplicação destas taxas e optou por eliminá-las. Em princípio, isso seria do agrado do PCP, que passou os últimos anos a combater esta medida. Qual quê! Queixou-se que o Governo lhe tinha puxado o tapete (se é bom ou mau para os cidadãos isso é secundário), por agora estar a aprovar medidas com as quais concordam. Isto já seria suficientemente bizarro mas o PCP achou por bem elevar a parada. Num surpreendente volte-face, agora são os comunistas que estão a favor das taxas moderadoras e exigem que sejam reintroduzidas para os casos que resultem directamente de "um acto de vontade do utente", como "as consultas e urgências". Bravo, desta nem o Prof. Marcelo se lembraria.

(Posted by Miguel Abrantes in " Câmara Corporativa" - Imagem:Ovo colorido)

2 comentários:

  1. Não se percebe que um partido como o PCP com gente inteligente e bem politizada caia nestas
    demagogias que não escapam a ninguém. Qualquer desinteressado da politica vê que aquelas pessoas apenas gostam de estar no contra. Farense

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  2. A ministra da educação, entrevistada ontem por Judite de Sousa, mostrou saber do que fala: não fugiu aos problemas, mostrou segurança nos princípios basilares, deixou claro que há muitas formas de apanhar ratos, afirmou com naturalidade e sem drama a sua identidade própria como nova responsável da pasta.

    Só falta um elemento no seu discurso, que se compreende que não seja ela a trazer à colacção, mas que decidirá muito do seu futuro próximo: só há verdadeiras possibilidades de êxito negocial quando todas as partes efectivamente negoceiam. Parte da tragédia do ciclo anterior consistiu no facto de se ter imposto a estratégia daqueles que efectivamente não queriam negociar, mas apenas usar a aparência de negociação como meio de bloquear as mudanças substanciais. Estamos para ver se isso mudou.
    A Regra do Jogo

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