terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Marcelo, o cata-vento







Não sei o que é mais extraordinário, se é ver Passos Coelho, alguém que se está a lixar para eleições, a esta distância das presidenciais, a traçar o perfil do candidato ideal, se é ver a reacção de Marcelo Rebelo de Sousa. Passos enumerou uma série de características, ou melhor, de defeitos, que não quer ver num candidato apoiado pelo PSD e Marcelo, ao ter anunciado que se retira da corrida, enfiou a carapuça todinha. Podia ter assobiado para o lado, dizer que não se revê em nada daquilo, podia ter criticado Passos, já que a decisão de se candidatar é pessoal ou lembrar que ainda falta muito tempo, mas não, nada disso. O brilhante Professor optou por dar razão aos que o apontaram como o alvo de Passos, ou seja, assumiu que tem todos aqueles defeitos. Marcelo confirma que, ao contrário de outros possíveis candidatos, é um cata-vento de opiniões erráticas, alguém que busca a popularidade fácil e o protagonismo político, entre outros mimos.
Nada que não se soubesse já, mas confirmado pelo próprio é outra coisa.

In Blog Aspirina B - Foto : Impala \ LUSA

domingo, 19 de janeiro de 2014

Passos os Jotas e as crianças







Alguém acredita que a aprovação num parlamento de eunucos da realização de um referendo foi feita sem a aprovação de Passos Coelho? É evidente que ninguém acredita que Passos Coelho não tivesse qualquer intervenção, que os jovens camisas negras não o tivessem consultado ou que nenhum deputado do PSD o tivesse questionado. O mais grave é que Passos diz que o PSD não vê a iniciativa com hostilidade, até se fica com a sensação que a proposta foi aprovada com o voto da esquerda e a abstenção da direita.

Passos Coelho foi ultrapassado pelos acontecimentos e perante uma onda de indignação colectiva decidiu recuar, receia que por este andar o PSD também venha a caber num táxi.

«O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje em Bragança que não influenciou a proposta de realização do referendo à coadoção por casais homossexuais, embora veja vantagens no alargamento do debate à sociedade.

“De facto não, mas respeito muito a decisão que os deputados tomaram nessa matéria”, declarou aos jornalistas, em Bragança, à margem de sessão de esclarecimento sobre a sua recandidatura a presidente da comissão política nacional do PSD.

O líder do PSD explicou que “essa questão foi discutida na Comissão Política Nacional, que entendeu que não devia olhar essa iniciativa com hostilidade”.» [i]
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