sexta-feira, 29 de abril de 2011

Marx vem cá dar uma espreitadela



Marx, vem cá baixo ver isto.

O Partido Comunista de Cuba, fundado por Fidel Castro, em 1965, teve o seu fundador como primeiro-secretário – o dirigente máximo do partido – nos últimos 46 anos. Ontem, no congresso do PC, Fidel abdicou, e nomeou em sua substituição o seu irmão, Raul, de 80 anos de idade. Se alguma coisa acontecer a Raul, não há problema: ainda há um largo grupo de membros do Comité Central com mais de 80 anos à espreita da sua oportunidade.


Por Tomás Vasques in " Hoje há conquilhas" - Imagem : Copy Net )

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Tudo tem um fim.......



«Os anos 1950 fizeram da máquina de escrever um símbolo da independência na Índia, onde estes ruidosos instrumentos continuaram a ser produzidos até aos dias de hoje. Mas esta história de resistência chegou ao fim: a última fábrica que continuava a fazê-las chegar ao mercado capitulou face à supremacia dos computadores.» [Público]

(In Blog " O Jumento" - Imagem: Net )

terça-feira, 26 de abril de 2011

25 = Quatro discursos !



Retirando-lhes a carga política, diria que o discurso de Eanes foi o do filósofo-militar denso, complexo e complicado, a descair para o salamaleque, o de Soares foi o do político-partidário na mesma concepção do "eu" e do passa-culpas de sempre, o de Sampaio foi o do homem-da-rua que sente na pele os maus gestores que tem, os políticos medíocres que elege, a Europa dos egoísmos e da sua própria ideia de direitos adquiridos sem obrigações e, finalmente, o de Cavaco foi o do académico-economista com a costumeira mão cheia de nada.

A História tratará de os qualificar. Para já fica a constatação de que só Sampaio soube estar à altura e que, por muito que a História da Revolução se deva a Eanes, a da Europa se deva a Soares e a do esbanjamento e da engenharia-financeira se deva a Cavaco, a da lucidez se ficou a dever ao Presidente que, embora tenha cometido o erro de fazer de um gigolô, Primeiro-Ministro, foi o único que se confundiu com o povo que o elegeu.
(LNT - Texto e imagem" Camara Corporativa )

sábado, 23 de abril de 2011

Se soubessemos o que sabemos hoje, Otelo !



Por Daniel Oliveira
Otelo Saraiva de Carvalho presenteou-nos com mais uma das suas frases de efeito: se soubesse o que sabe hoje não teria feito o 25 de Abril. Três coisas rápidas:
A primeira: o 25 de Abril não foi uma prenda de Otelo aos portugueses. Foi obra de muitos outros militares. E foi obra dos portugueses. A democracia não nasceu num dia. Foi construída. E foi construida e defendida por nós. Se ele não tivesse comandado as forças revolucionárias outros o fariam no lugar dele.
A segunda: isto não acabou assim. No meio, erguemos um serviço nacional de saúde que, com todos os seus defeitos, até está entre os melhores do mundo; alfabetizámos, construísmo a escola pública, democratizamos o ensino superior; garantimos uma segurança social universal; acabámos com a censura; deixámos de ter presos políticos; abrimos Portugal ao Mundo; e, para o mal ou para o bem, defendemos sempre a nossa democracia, com liberdade e pluralismo. Se Otelo faz um balanço negativo, ele lá saberá o que esperava da revolução.



A terceira: não me parece que se a revolução não tivesse acontecido estariamos melhor neste momento. Que tenha de haver gente a explicar isto a Otelo Saraiva de Carvalho só demonstra que o que lhe sobrou em coragem sempre lhe faltou em inteligência política, como se foi notando pelo seu percurso tão repleto de asneiras.

A ser verdade este súbito sentimento de Otelo, talvez seja altura de abandonar a parcimónia com que nos dirigimos a ele e dizermos de uma vez por todas o que muitos de nós sentimos demasiadas vezes: se soubéssemos que Otelo seria o que foi depois da revolução também teríamos preferido que tivesse sido outro a comandar as operações no dia 25 de Abril de 1974. Não precisávamos de ir longe. Bastava procurar entre alguns dos militares que o acompanharam naquele dia. De Salgueiro Maia a Melo Antunes, nunca faltou quem provasse ter muito mais sabedoria com muito menos fanfarronice


In Blog Arrastão -Publicado no Expresso Online

sexta-feira, 22 de abril de 2011

O bondoso Bagão



O bom cristão Bagão Félix deve ter-se esquecido de que era semana santa e quando todos os políticos parecem estar em recolhimento ele parece ter querido aproveitar a oportunidade oferecida pela escassez de notícias para dar nas vistas, quase parece o Louçã dos bons tempos.

E o que veio dizer Bagão Félix? Veio dizer que o Estado deve dar o exemplo de austeridade, repetindo o discurso de Pedro Passos Coelho. Só que o reformado do BCP não é propriamente mais do que os outros para andar a dizer o que o país deve ou não fazer, a não ser que considere que a nomeação por Cavaco Silva para o Conselheiro de Estado o tenha levado a pensar que é conselheiro do país.

Ainda por cima não se cansa de usar o estatuto de ex-ministro das Finanças quando é sabido que só lá esteve por alguns meses e deixou um défice escondido que se veio a apurar ser bem mais elevado do que o comunicado ao país e a Bruxelas. Bagão Félix poderia ter-nos poupado a esta homilia de Sexta-Feira Santa.

«O ex-ministro das Finanças António Bagão Félix defendeu hoje em Vila de Rei que o Estado deve dar o exemplo na aplicação das medidas de austeridade, conquistando assim a compreensão e apoio dos cidadãos a esse esforço de contenção orçamental.

(In Blog " O Jumento" - extraído do D.N. Imagem: Net )

terça-feira, 19 de abril de 2011

Labreguices



Passos Coelho referiu, em tempos, que num almoço (ou jantar) "comicieiro" na Madeira um finlandês o terá abordado para lhe dizer que: "esperava que a conta daquele almoço não tivesse de vir a ser paga pelos seus impostos na Finlândia". Passos Coelho, que pretende ser Primeiro-Ministro de Portugal, não informou o que terá respondido mas entende-se que não lhe deu a única resposta possível perante a arrogância e que seria a de que os finlandeses, o FMI e outros, não estão a fazer caridade mas sim um negócio, um dos mais prósperos e antigos negócios que consiste em emprestar dinheiro em troca de mais dinheiro (o dinheiro + os juros). Ficou patente a labreguice de quem nos pretende representar como dirigente do executivo da República.

(In " A Barbearia do Snr. Luís" Imagem: Net

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Zé Manel BASTA ! Não vale tudo !



Conheço «Zé Manel» Fernandes desde os seus 17 ou 18 anos. Estive com ele em inúmeras reuniões políticas, na sua e minha juventude.

Há muito que os nossos caminhos se separaram, em particular, quando defendeu a segunda invasão do Iraque decidida por Bush filho. Tive a ocasião de escrever um artigo contra essa atitude, que foi publicada no «Público», quando ele era director desse jornal. Esperei que se auto-criticasse - sim, a auto-crítica é algo de bom quando nos enganamos e cometemos erros -, face ao desastre iraquiano, mas não o fez. Tudo o que ele defende para Portugal está nos antípodas do que eu defendo, mas continuei pontualmente a encontra-me com ele e, na última vez, até recordámos uma importantíssima reunião, realizada em minha casa, quando ele, muitos outros e eu abandonámos - em boa e atrasada hora - o comunismo e o marxismo-leninismo.

Sei agora que, no twitter, ele comparou o congresso do PS realizado há dias, com os congressos de Nuremberga e qualificou um dos intervenientes de «SS». Por isso, José Manuel Fernandes, dirijo-me a partir de agora a ti na terceira pessoa.

Ele sabe que eu sei que ele sabe o que foram os congressos de Nuremberga. Terá provavelmente visto - se não o fez, deveria tê-lo feito - o filme «O Triunfo da Vontade», precisamente sobre os congressos nazis de Nuremberga de 1933 a 1936, filmados aliás com mestria por Leni Riefenstahl. Saberá - se não o sabe, devia sabê-lo - que, no congreso de Nuremberga de 1935, foram aprovadas as leis raciais que levariam a prazo ao que se designou como o Holocausto ou Shoah. Saberá que foram as forças das SS que geriram o sistema de campos de concentração e extermínio nazis onde foram assassinados milhões de seres humanos, entre os quais se contaram judeus, ciganos, adversários políticos, homossexuais, russos, polacos e eslavos.

De facto, não vale tudo, se quisermos preservar alguma réstea de ética.

(In Blog " Jugular" Irene Pimentel- Imagem: Net )

sábado, 16 de abril de 2011

Alta traição !



Se um político, um detentor de um órgão de soberania ou um qualquer governante lançou premeditadamente o país numa grave crise política e financeira para dessa forma obter ganhos políticos, daí resultando graves consequências para todos dos portugueses, não estamos perante um gesto político condenável, estamos sim perante alta traição e é obrigação de qualquer português denunciá-lo para que os portugueses possam conhecer toda a verdade e actuarem em conformidade.

O jogo da democracia não pode ser falseado por golpistas, conspiradores e políticos de baixo nível ético e moral.

(In Blog " O Jumento" - Imagem: Net )

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O Face-Book do Presidente



Nenhuma nação sobrevive tantos séculos com dirigentes tão medíocres se não tiver um povo extraordinário. Embora se insista em tratar-se de "um povo que não se governa nem se deixa governar" e com isso se argumente que tem de vir alguém de fora para pôr isto na ordem, o povo, que sempre se governou, vai continuar a demonstrar que se aguenta com ou sem o chicote externo.

E o Presidente (dos portugueses que nele votaram) bem pode continuar a usar o FaceBook, que o povo não usa, não conhece, nem sabe o que é, para dizer aos novos-ricos, patos-bravos e chico-espertos que a nova União Nacional será a salvação da democracia que ele quer tutelar agora que já arranjou tempo, depois de ter criado essas condições com a sua inoperância, que os portugueses tratarão de lhe demonstrar que tudo isto é mais uma das razões que levam um povo sábio a não se deixar governar por tão má casta.

- LNT in Barbearia do Snr Luís - Imagem : Net -

Nobre de mal a pior !



Fernando Nobre ameaça renunciar ao mandato de deputado e ao lugar na bancada do PSD, se não tiver a maioria absoluta dos votos dos deputados para ser eleito presidente da Assembleia da República, avança a edição de hoje do “Diário de Notícias”.
Ao DN, Artur Pereira, porta-voz do cabeça de lista social-democrata por Lisboa, disse que se não existir maioria para elegê-lo Nobre saberá tirar «as consequências, tendo em conta as circunstâncias».
O lugar de presidente da Assembleia da República terá sido a razão que levou o candidato independente a aceitar o convite de Passos Coelho para integrar as listas do PSD às legislativas de 5 de Junho, depois de ter garantido, na sua campanha para as últimas presidenciais, que não integraria listas de partidos.
A decisão de Nobre se apresentar como cabeça de lista pelo PSD foi motivo de inúmeras críticas por parte de muitos daqueles que o apoiaram nas eleições presidenciais e que agora o acusam de “traição”. Mesmo entre os sociais-democratas a escolha do fundador da AMI não reúne consenso .

(In I on line - Imagem Copy Net )

segunda-feira, 11 de abril de 2011

F. Nobre e a vertigem do poder !!!



Ao comentar o facto de Fernando Nobre concorrer nas listas do PSD, podendo vir a ser o próximo presidente da Assembleia da República, o sociólogo entende que não tem a ver com «independência». «Penso que é mais triste do que isso», confessou.

Apesar de reconhecer e estimar o trabalho social do presidente da Assistência Médica Internacional (AMI), há um momento na vida de Fernando Nobre em que ele «pensa que tem direito a ter um cargo político e esta vertigem do poder acaba por minar uma pessoa boa», comentou.

Boaventura de Sousa Santos considera que este desejo de poder «acaba por contaminar um desejo politico correcto e virtuoso de trazer a sociedade civil mais para o centro da discussão política».

Na opinião do pensador de Coimbra, o médico sequestrou a sociedade civil «para a entregar a um partido». «Isto não se faz. É muito triste», comentou.


( In TSF on line - Imagem: Net )

domingo, 10 de abril de 2011

Um provocador......



O Zé Manel Fernandes tem estado no congresso do PS transvestido de comentador da TVI 24. Não se pode dizer que não esteja a fazer tudo para provocar os delegados presentes. Entre vários outros exemplos, quando Augusto Santos Silva fazia a sua intervenção, o Zé Manel comparava, no Twitter, o congresso do PS às convenções anuais do partido nazi de Hitler: “O SS do ps está a falar ao congresso. Numa reunião coreografada como Nuremberga não está mal”. Só num partido com uma cultura democrática muito enraizada é possível que um vira-latas como este passe três dias a rosnar no pavilhão do congresso e ninguém se incomode com isso.

Publicado por Miguel Abrantes em 10.4.11 in Câmara Corporativa - Imagem : Copy Net

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Os Banqueiros mandam !!!



Como se pode acreditar neles?


Fernando Ulrich (BPI)
29 Outubro - "Entrada do FMI em Portugal representa perda de credibilidade"
26 Janeiro - "Portugal não precisa do FMI"
31 Março - "por que é que Portugal não recorreu há mais tempo ao FMI"

Santos Ferreira (MBCP)
12 Janeiro - "Portugal deve evitar o FMI"
2 Fevereiro - "Portugal deve fazer tudo para evitar recorrer ao FMI"
4 Abril - "Ajuda externa é urgente e deve pedir-se já"

Ricardo Salgado (BES)
25 Janeiro - "não recomendo o FMI para Portugal"
29 Março - "Portugal pode evitar o FMI"
5 Abril - "é urgente pedir apoio .. já"

(Mail a cicular na net) In Mala Aviada - Imagem: Net -

quarta-feira, 6 de abril de 2011

O Alcoviteiro já se demitiu ?



Os conselheiros de Estado não podem ser demitidos. Mas podem demitir-se. Bagão Félix já o devia ter feito. O degradante espectáculo das facções está a transformar o órgão de consulta do Presidente da República numa chafarica. A leviandade de um indivíduo não pode ser corroborada, a favor ou contra. Há limites para a tranquibérnia!


(In Blog " Da Literatura -Fotografia de Rodrigo Cabrita - Global Imagens)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A partidarite como parte do problema



Macário Correia, presidente da Câmara de Faro, é um dos rostos da luta contra o pagamento de portagens nas scuts, nomeadamente A22. Ontem, o governo pediu um parecer jurídico para saber se um Governo de gestão tem competências para aplicar a cobrança de portagens nas auto-estradas SCUT que ainda não são pagas, onde se inclui a A22. Como reagiu Macário Correia? Acusando o governo de «calculismo e eleitoralismo». Pela reacção se percebe que o autarca algarvio apenas usa as portagens como arma de arremesso político-partidário e ficou preocupado com esta suspensão de pagamento. Porquê? Não lhe interessa encabeçar a luta contra as portagens no caso de ser um governo do seu partido a tomar a medida. A «partidarite» no desempenho dos cargos públicos é uma parte do problema que nos fez aqui chegar.

Por Tomás Vasques in " Hoje há conquilhas" Imagem: Copy Net

Retrato de um C H E F E !



«O dr. Passos Coelho resolveu pôr na rua o governo de Sócrates. Não sem provocação. Mas toda a gente esperava que ele tivesse alguma coisa dentro da cabeça e a comunicasse ao país. Não comunicou nada. O que ele fez foi começar uma sucessão de gafes que revelam uma inquietante tendência para aumentar em quantidade e qualidade. Começou por ir a Bruxelas declarar que, em caso de aperto, não hesitaria em subir o IVA. Esta inesperada franqueza provocou, como é óbvio, um grande embaraço ao PSD e o habitual chorrilho de trapalhadas (apoios, desmentidos, desculpas) que inevitavelmente deixaram o país mais perplexo do que estava. Aliviando a sua pessoa de meia dúzia de asneiras sobre o IVA e o IRS (de resto, desnecessárias), Passos Coelho não pareceu perturbado e passou a tarefas de outra natureza.

A primeira consistiu em entregar à FENPROF a avaliação dos professores que tinha levado uma eternidade a negociar e acabara numa meia derrota. Não sei quantos votos o PSD ganhou com esta espécie de exercício eleitoral, mas ganhasse os que ganhasse, a operação foi sórdida. Veio a seguir a sugestão para privatizar a CGD e a confissão (que ninguém lhe pedira) de que estava disposto a governar com o FMI. No meio disto, prometia também um programa para Abril, fabricado (ou dirigido) pelo dr. Catroga. E, para ir abrindo o apetite à populaça, aprovou por unanimidade no PSD um documento em que definia "pilares" ("pilares"?) num calão indigno do 12.º ano, que não houve português que percebesse ou levasse a sério. (...)» [Público via CC]

(Vasco Pulido Valente in Público - Blog O Jumento) - Imagem:copy Net - Harp Marx - )

domingo, 3 de abril de 2011

Semanada



Em mais de trinta anos de democracia nesta semana parece ter ocorrido a primeira tentativa de suspensão da constituição, primeiro foi a tentativa infantil de atribuir plenos poderes a um governo de gestão, depois foi a notícia do Expresso não desmentida de forma clara de que Cavaco Silva estaria a estudar com o PSD e com o CDS um pedido de ajuda externa. É evidente que um presidente que cada vez é de menos portugueses e eleito de forma tão pouco convincente não se pode arriscar de abusar dos seus poderes sob pena de vir a ser despromovido a presidente da junta de freguesia de Boliqueime, isso na hipótese de os seus conterrâneos estarem para o aturar. Com estas notícias a mensagem que se pretende passar é a preferência eleitoral de Cavaco Silva o que, aliás, nem seria necessário pois todos sabemos que apesar dos velhos ódios por Paulo Porta e do desprezo por Passos Coelho não resta a Cavaco senão tentar salvar a sua estratégia política e a sua própria imagem apostando no voto à direita.

(In Blog " O Jumento " - Imagem: René Magritte )

sábado, 2 de abril de 2011

Dia de vergonha na Assembleia da República



Editorial do Público com o título Um dia de vergonha na Assembleia:

'Ontem foi um dia de vergonha para o Parlamento e para o sistema político. Numa estranha coligação táctica, PSD, PP, Bloco e PCP juntaram-se para revogar uma das políticas emblemáticas do Governo, o modelo de avaliação dos professores. Num ápice, a pulsão destrutiva da maioria parlamentar sobrepôs-se a anos de estudos, de discussões, de negociações, de manifestações e de greves. Não se sabe muito bem se a mola real desta coligação foi o desejo de cativar a força eleitoral da classe docente, mas adivinha-se, isso sim, que vai alimentar a ideia de que as políticas públicas estão reféns dos interesses conjunturais e das estratégias partidárias. E se nesta triste história de facilitismo os partidos dos extremos do sistema político se mantiveram fiéis às suas teses, a memória do PSD neste processo exigiria outra atitude. Em primeiro lugar porque o PSD sempre se distanciou das tentativas de revogar a avaliação; em segundo, porque, mesmo querendo mudar, o partido tinha de saber esperar pela próxima legislatura. Dizem os seus responsáveis que a votação de ontem estava agendada, que nada teve a ver com o novo contexto criado com a demissão do Governo. Talvez, mas ao nada fazer para suspender a votação, o PSD e os seus parceiros de manobra acordaram numa revogação à socapa, talvezesperando colher a satisfação dos professores e o alheamento dos restantes cidadãos. Não é isso que acontecerá, nem é isso que deve acontecer. Matar um modelo de avaliação e pedir hipocritamente ao Governo que negoceie com os sindicatos um substituto num prazo de seis meses é hipócrita, irresponsável e indecente. Como o gesto digno de José Pacheco Pereira teve o condão de revelar.'

Publicado por Miguel Abrantes in Câmara Corporativa - Imagem Copy Net

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Cavaco diz que há exagero !!!!



Cascais, 01 abr (Lusa) - O Presidente da República considerou hoje "um exagero muito grande" o corte do rating de Portugal em três níveis realizado pela agência de notação internacional Fitch, sublinhando que a situação portuguesa "não o justifica de forma nenhuma".

"Essa notícia não é uma boa notícia, mas entendo que a situação portuguesa não o justifica de forma nenhuma, considero um exagero muito grande aquilo que hoje foi feito por parte de uma agência de rating", afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva.

Cavaco Silva falava aos jornalistas no final da cerimónia de inauguração de um hotel na Quinta da Marinha, em Cascais.

A agência de notação internacional Fitch cortou hoje o rating de Portugal em três níveis, de A- para BBB-, estando agora a um nível de ser considerado "lixo" ('junk').

VAM.

Lusa/ Imagem: Net