quarta-feira, 11 de novembro de 2009



A fúria arboricida começara em Quarteira. Com o pretexto de arranjar mais uns quantos lugares de estacionamento, mais de três centenas de árvores receberam «ordem de abate».
.
A seguir foram as de Loulé, na avenida Costa Mealha. Diziam que estavam doentes, coitadas.
.
Depois, aqui e ali, nas avenidas de Quarteira e Loulé, nos parques e jardins, onde quer que havia uma sombra amiga, esta teve de se render à estupidez. Nem os arbustos de hibiscos floridos da Costa Mealha e da Marginal de Quarteira escaparam! Chegou a vez das do velho hospital. Porquê?

Que mal faziam as árvores talvez centenárias? Estavam doentes, também?

Quais vão a seguir, Dr. Seruca? As tílias da Praça da República?

Que ódio é esse, Doutor?

Proibiram-no em pequeno, de subir à arvore do quintal? Viu num tronco os nomes da namorada e de um desconhecido, gravadas a canivete, num coração desenhado?

Explique, homem, a ver se a gente percebe!

É que o senhor ainda tem o descaramento de pronunciar a toda a hora a palavra «sustentabilidade»!


(In Calçadão de Quarteira)

1 comentário: