terça-feira, 15 de setembro de 2009

POEMA PARA O SOLDADO DESCONHECIDO



« A RONDA da MANHÃ »
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Vai a noite no fim. Luz d' Alva nos afaga.
Além, no bosque denso, envolto em nevoeiro
Um very light surge - facho derradeiro
Na derradeira sombra que a manhã apaga.
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Luz d' Alva! Luz divina! A vista se embriaga
No doce resplendor do teu alvor primeiro.
Sobre a linha inimiga, célere, ligeiro,
Anda um melro assobiando uma tristeza vaga.
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Vou passando, a sonhar, a ronda habitual,
Sofrendo a nostalgia ardente que me invade;
Uma sentinela fita-me e,... brutal,
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Na esplêndida eclosão da sua mocidade,
Pergunta: - Quem vem lá? a senha? - Portugal!
E o nosso olhar sorri, brilhando de saudade.
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Acabou a ronda... terminou o post mas,... atenção caríssimos cibernautas:
A GUERRA,... continua!...
e a SENTINELA
lá!... no seu posto de vigia...
sempre com senhas diferentes,
mas o mesmo
Destino!

( In blog Alfobre por César Ramos -Etiquetas: Homenagem ao Soldado Desconhecido )

5 comentários:

  1. Para descansar um pouco deste tema de eleições, escolhi do Blog Alfobre do nosso caro visitante Cesar, um poema que nos fala de todos os soldados desconhecidos que lutaram ontem, continuam a lutar hoje e porque amanhã já é agora, lá estão em diversos pontos do mundo lutando sempre em nome muitas vezes de causas justas e outras apenas por interesses de terceiros. As vozes...

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  2. E escolheram muito bem um belo Soneto Do Cesar Ramos. Eu também sou um Soldado desconhecido andei dois lá fora e hoje ninguém me conhece.
    tenho lido muitos Sonetos especialmento do Fernado Pessoa, do Camões, e do Bocage. Isto já é poesia lírica? O Soneto do Cesar não fica nada atráz de qualquer um deles.

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  3. Bem bonito o soneto especialmente para quem andou pelas Áfricas ou outros sítios onde a paz se ausentou por algum tempo. É bom que se seja lembrado às gerações mais novas que a malta sofreu na pele o que eles felizmente agora não sabem, desejando que nunca cheguem a saber por e experiência própria.

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  4. Todos os filmes e peças de teatro que se realizem não são demais para mostrar às gerações de hoje o que nós passámos na Guerra Colonial .
    Uma boa oite - Zeze

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  5. Lindo poema, relato fiel do sentir do soldado português, em qualquer local de Moçambique, onde nasci e vivi a guerra colonial que, não devemos deixar que caia no esquecimento.

    Isabel Antunes

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