quinta-feira, 22 de abril de 2010

Colaborador próximo do Papa defende« limpeza» da Igreja



O cardeal Walter Kasper, um colaborador próximo do Papa, defendeu hoje uma «limpeza» na Igreja através da condenação dos culpados de actos de pedofilia e da indemnização das vítimas.

«Já chega. É preciso fazer a limpeza na nossa Igreja», declarou numa entrevista ao jornal La Repubblica.

«Os abusos sexuais de menores por parte de responsáveis do clero são actos criminosos, vergonhosos, pecados mortais inadmissíveis», adiantou o prelado alemão, presidente do Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos e membro de várias congregações do Vaticano.

Segundo o cardeal Kasper, «o Papa não tem intenção de ficar a olhar» sem agir e exige «a tolerância zero em relação aqueles que são culpados de más condutas tão graves».

Provas da determinação de Bento XVI são, segundo Kasper, as recentes demissões de bispos irlandeses acusados de terem encoberto abusos sobre crianças realizados durante dezenas de anos por padres.

O Papa «não vai parar aqui», assegurou o cardeal, referindo a carta pastoral à Igreja da Irlanda prevista para as próximas semanas.

O cardeal Kasper sugeriu mesmo que aquela mensagem podia ser alargada a toda a Igreja.

«Creio que um problema tão melindroso, que apareceu não apenas na Irlanda, mas também na Holanda, na Alemanha e nos Estados Unidos, merece uma análise mais vasta relativa à Igreja universal e não a um único país», explicou, adiantando caber "ao Santo Padre decidir».

Ao escândalo da pedofilia que envolveu o clero da Irlanda, divulgado no final de 2009, juntaram-se nas últimas semanas revelações de abusos sexuais nas escolas católicas na Alemanha, nomeadamente no coro dos pequenos cantores de Ratisbona (Baviera), dirigido durante perto de 30 anos pelo irmão do Papa, o bispo Georg Ratzinger.

(In TSF -Rádio Notícias - Net - Imgem: Net )

3 comentários:

  1. Todos somos em determinadas alturas fracos. Mas temos de pagar pelas nossas fraquezas. Meline

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  2. Cá fora a gente sabe como é. Agora lá dentro não se esperava. Ainda por cima estão sempre a dar palmatoadas. Tio

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  3. Que grande imbróglio para o Papa Bento. Mas os católicos tudo perdoam. Se fosse com outros que a gente conhece atirar-se-iam com unhas e dentes, mas assim... Belinha

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