quarta-feira, 27 de maio de 2009

BOMBAS À SOLTA



Ouvi nestes últimos dias que Oliveira Costa iria atirar sobre Dias Loureiro para não cair sozinho. Infelizmente para o cavaquismo, o problema do ex-presidente do BPN não é bem esse: o que ele não quer é acabar os seus dias na cela da Gomes Freire — só ou acompanhado.

As palavras de Oliveira Costa sobre Dias Loureiro (e sobre outras figuras do PSD) foram apenas um aviso do homem que tratou da saúde financeira do cavaquismo desde os tempos dos perdões fiscais na década de 90. Ele bem preveniu ontem, em resposta a Hugo Velosa (o advogado madeirense do futebol que é o porta-voz do PSD para os assuntos de economia e finanças), que sabia mais do que lhe estava a dizer. E questionado por Ricardo Rodrigues sobre uma personagem que tem sido possível manter na penumbra, escusou-se a dizer seja o que for.

Acontece que a forma como se precipitaram os acontecimentos não é uma boa notícia para o cavaquismo, contrariamente ao que pensam os que exigiram a demissão de Dias Loureiro, na pressuposição de que, entregando um anel, se salvariam os dedos.

A partir de agora, Dias Loureiro passou-se para o campo dos que dispõem da bomba atómica. E o que mais me impressionou na palestra de ontem de Oliveira Costa foi precisamente a tranquilidade que revelou. O cavaquismo vai ter necessidade de negociar (internamente) um tratado de não proliferação de armas nucleares. As coisas são como
são.

\ Texto de Miguel Abrantes . Blog Câmara Corporativa |||| Imagem: Net

2 comentários:

  1. A maior burla de sempre em Portugal e de que este post fala, tem de ser mostrada ao povo porque tem sido encoberta. Vamos ver se a Drª Manuela Moura Guedes a grande governanta de Portugal dá agora também uma ajuda, ou se vai virar a coisa toda ao contrário muito ao seu estilo. Vamos ver. Mouro

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  2. Acho que o Freeport andou a tapar este caso de milhões e milhões. madalena

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