terça-feira, 23 de março de 2010

m e n t i r a s




Para a semana, a comissão parlamentar de inquérito ao caso PT/TVI inicia os seus trabalhos. Sendo conhecidas as declarações dos principais intervenientes (de Granadeiro a Bava, de Vasconcelos a Bairrão), não é complicado antecipar as conclusões do “inquérito”. Mas a questão não é tanto essa.

O que é extraordinário é a oposição (incluindo o Presidente da República) não entender que um primeiro-ministro — independentemente do que possa conhecer de forma indirecta — tem a obrigação política de dizer que não conhece negócios privados enquanto eles decorrem, mais a mais se estiverem em causa empresas cotadas na bolsa. Por definição, o discurso da política não pode ter a natureza de uma conversa à mesa do café. A isto se chama sentido de Estado.

Mas ainda mais extraordinário é que as carpideiras do regime se mostrem agora tão incomodadas com a “mentira” e não tenham reagido quando tomaram conhecimento de que Durão Barroso mentiu à Assembleia da República, ao dizer que havia visto as provas da existência de armas de destruição massiva no Iraque. Então, Durão Barroso não apenas mentiu como rompeu o consenso entre os partidos portugueses no âmbito da política externa — e quando estavam em causa assuntos de vida e de morte.

(Posted by Miguel Abrantes in " Câmara Corporativa )

2 comentários:

  1. Dois pesos e duias medidas. Ao Dur~ºao Barroso ninguém perguntou porque mentiu ele descaradamente dizendo que tinha visto as provas das tais armas no Iraque. Afinal vio tanto como nós. Nada. Vergonha é que é pouca. Natalina

    ResponderEliminar
  2. Houve alguém do PSD que tivesse contestado o Dr. Durão sobre a grande mentira das armas nucleares ? Estavam a dormir a cesta em parte incerta. Mico

    ResponderEliminar