segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O canhão de Solimão



António Correia de Campos, O canhão de Solimão:

‘Quem siga alguns “media” em Portugal não reconhece o País em que vive. Quem conhece e viaja pelo País, não reconhece o que tais órgãos transmitem.

No início da semana de debate do Orçamento na especialidade, os "media" exacerbavam infelizes declarações do líder da Oposição, descrendo dos números da execução orçamental do ano em curso, como se vivêssemos na Grécia, há cinco ou dez anos atrás; na véspera e no dia da aprovação do OE 2011, um facto de enorme carga simbólica e substantiva em governação minoritária, muitos jornais já se deliciavam com os mexericos de uma virtual remodelação do Governo; a mesma ocasião, segundo o modelo comunicacional do Tribunal de Contas, foi escolhida para divulgar uma "auditoria" ao aeroporto de Beja, prontamente desmentida como carregada de erros, julgamentos parciais e as habituais conclusões "arrasadoras" para o Governo (informação fielmente reproduzida por um dos nossos jornais de referência, como se de uma verdade lapidar se tratasse, sem referência a audição do contraditório, à qual só deu espaço no dia seguinte, depois do mal irreversível). Em momentos de crise, como a que atravessamos, em vez de união e focagem no essencial, praticamos a nostalgia do reles. Onde pára a noção de serviço público? Não haverá melhores momentos para "tesourinhos deprimentes"?’

- Publicado por Miguel Abrantes in Blog " Câmara Corporativa" - Imagem: Net -

2 comentários:

  1. O problema é que nalguns orgãos de informação não existem jornalistas mas escrevinhadores de 3ª classe. Mentor

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  2. É uma pena ver a nossa comunicação social chegar a este ponto de desinformação. Naturalmente que estão ao serviço de alguém mas pelo menos podiam tentar ser às vezes um pouco imparciais. Mas a vergonha já não é nenhuma. Beja

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