segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Aleixo o poeta que ninguém esquece.
Do Livro " António Aleixo Poeta do Povo:
“ António Aleixo. Tecelão, soldado, polícia, emigrante, pastor, cauteleiro, vendedor e engraxador, de todas essas experiências se serviu para emoldurar a sua produção poética e em todas elas captou, com a objectiva única, ímpar e límpida do seu olhar, a alma dos homens do seu tempo, e dos nossos tempos, como forma de traduzir as imensas e profundas contradições que moldam o comportamento humano, subjugado às mais diferentes circunstâncias, momentos e interesses.
António Aleixo. O orgulho do Algarve e dos algarvios ao longo de décadas, mesmo quando o silêncio das instâncias, contra a memória do povo, elegeu o esquecimento como única palavra de ordem na abordagem do seu legado.
António Aleixo. Um dos portugueses mais ilustres por quem nos continuaremos a vergar, mesmo depois, ou sobretudo depois, dessa curva pronunciada em que consiste a entrada deste país no século XXI. “
Fotografia: António Aleixo com o artista Tóssan (Foto gentilmente cedida pela jornalista Verónica Sofia – Arquivo CML)
(In Blog " Louletania)
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O Poeta Aleixo tem uma obra que ultrapassou já gerações mas que está sempre actual. Milena
ResponderEliminarNenhum outro poeta popular se consegue comparar a Aleixo. Que me desculpem. Mas ele é único e o maior. Admirador de A. Aleixo
ResponderEliminarNão me tinha apercebido do valor deste homem até há cinco anos atrás quando me ofereceram ´´Este livro que vos deixo´´. Um assombro. Quadras´, não de um analfabeto mas de um homem extremamente inteligente. Lagos
ResponderEliminarAntónio Aleixo é sem dúvida nenhuma um poeta que extravasa em muito a restrição que o cataloga como poeta popular. É talvez um dos grandes poetas deste século pela jactância, pela sua capacidade de improviso e pela sua visão do mundo que, nesta curva do milénio, continua a ser o mesmo. Neste sentido está ao mesmo nível de dois outros grandes poetas que com uma cultura mais erudita, também se distinguem nesse aspecto: o Fernando Pessoa e o Vitorino Nemésio. Efectivamente, graças a um intelecto poderoso, António Aleixo conseguiu trabalhar as palavras ultrapassando a sua formação académica bastante rudimentar e as múltiplas limitações da sua saúde vacilante. Uma situação a que se refere uma das suas ultimas quadras, recordada pelo irmão de Tossan, Armando dos Santos:
ResponderEliminarQuando em mim penso com calma
E me compreendo melhor
Bem merecia que a minha alma
Tivesse um corpo maior
25/2/1999
João Ventura
Gostei dos comentários do Dr. Vítor Aleixo neto do poeta, deixados no blog donde o texto foi extraído. Viva a poesia Aleixiana. Cely
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