terça-feira, 25 de maio de 2010

Urna de combatente da Guerra colonial cheia de pedras......

Peniche, Leiria, 25 mai (Lusa) - A família de um ex-combatente na Guerra Colonial ameaçou hoje processar o Estado português porque descobriu que a urna do militar, trasladada há 42 anos de África, afinal tinha apenas areia e pedras e não ossadas do defunto.

"O coveiro abriu a campa para fazer a transladação dos ossos" do militar "para a sepultura da esposa [agora falecida] e quando abriu a urna, para espanto, encontrou areia e pedras", afirmou à Agência Lusa Manuel Silva Alves, representante dos familiares.

Segundo Manuel Silva Alves, os familiares mais próximos do casal, que não tem descendentes, estão estupefactos e ponderam apresentar queixa em tribunal contra o Estado, uma vez que "se não havia corpo teriam de dar conhecimento às entidades", evitando a transladação da urna para território nacional.
Comentários.

( Notícias Sapo )

4 comentários:

  1. Só sei que nunca houve consideração por nenhum de nós!

    Isto é inaudito! Lá porque dizem que viemos do pó e em pó nos tornaremos, não é decente levarem isto à letra e aparecer areia e pedras no lugar de um camarada nosso.

    Mais uma vez, a culpa vai morrer solteira!
    E em que é que isto vai dar? Apenas ao ponto de como comecei:
    - Nunca nos respeitaram, e podemos dizer que a Pátria (na pessoa dos seus representantes) foi, é, e será sempre ingrata!

    Honremos as suas memórias, pois muitos casos idênticos se adivinham(...)

    Pobres dos mortos...
    e dos deficientes!

    César Ramos

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  2. Verdade verdadinha amigo César. O que eles quiseram foi servir-se da malta para continuarmos orgulhosamente sós no Mundo. Mas vir pedir uma indemnização ao Estado 42 anos depois também me parece um pouco de oportunismo apesar do respeito que tenho pelos que partiram e pelos que cá ficaram com o sofrimento que estas coisas nos trazem. Mas como não sou Juiz, o Juiz que decida. As Vozes...

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  3. Também passei por essa guerra e o mais engraçado é que nem residentes os em Angola davam o devido valor ao nosso esforço, que abalávamos daqui de Portugal com a canga às costas sem saber o nosso destino e sempre pensando no fim. O que é certo é que aquilo tinha de ter um fim. A malta cá já começava a dar sinais de revolta para embarcar. Não poderia duarar por muito mais tempo. Paulo

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  4. Estou convencido que haverá muita mais urnas nesses estado., Já nessa altura se falava nisso. Mas para calar os familiares o Governo Salazarista arranjava essas tramoias e outras que nem vale a pena estar aqui a falar. Soldado

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