O tempo não é recuperável; e o espaço tão-pouco. Quando passamos por um lugar, esse sítio já não volta a ser o mesmo. Cada momento morre em si mesmo, desaparece o momento e o seu espaço. O fluir é um vidro; não deixa nada atrás. Só ficam sensações, fitas magnéticas acumuladas no nosso cérebro que, ao pôr-se em marcha, umas motivam que surjam as outras, bombardeando-nos com milhões de impressões. Numa fita estão gravadas as sensações, noutra as emoções, noutra as memórias, noutra os espaços, noutra os tempos...
As memórias são como um rio parado, convertido em gelo. A fotografia é a morte da realidade. Quis reflectir nesta obra uma inquietude que tenho desde os meus primeiros anos de vida: a luta entre o que flui e o que permanece, entre o álbum e o comboio... Como nos pesa o que levamos sob o braço, e sob o coração - queiramos ou não -, no nosso projecto de futuro."» (ComLivros)
( In Blog "Jugular" Texto de Rui Herbon do livro " ÁLbum de Família" - Imagem: Net)
Es verdad ! Glória
ResponderEliminarAcho que vale a pena comprar esse livro " Álbum de Família". E acho que até foi premiado.
ResponderEliminarBeja
Quando passamos por um lugar, o sítio já não volta a ser o mesmo. - Bem certa esta frase. Kiper
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