sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
QUADRATURAS DO SONO
Hoje, na Quadratura do Círculo, na SIC N, António Lobo Xavier proferiu uma daquelas frases ocas, propagandísticas, que permite citações e, para os incautos, parece resultar de uma aturada reflexão: «o PSD não pode ser o líder da oposição e, simultaneamente, o principal sustentáculo do governo». António Lobo Xavier sabe que o PSD e o Presidente da República são, seguramente, as principais vitimas da queda do Governo, como resultado da não aprovação do Orçamento. Eleições em Abril, com o PSD a navegar no «espaço etéreo», com uma líder que prometeu abandonar a liderança após a discussão do Orçamento e que sofreu uma das maiores derrotas eleitorais do partido; e com um congresso, proposto por Santana Lopes, em simultâneo com a convocação de eleições internas, em que se digladiam, nos bastidores, mil tendências, é o anúncio do desastre. Cavaco Silva já espreitou o perigo e mostrou-se esperançado num acordo. Pinto Balsemão, depois de dizer que o PSD estava à beira do suicídio colectivo, deu um passo atrás quando percebeu que o seu partido ia aprovar o Orçamento: há vida no PSD, disse. Em eleições antecipadas e prematuras, a vitória previsível do PS (e se subisse, pelo menos meio, ponto percentual) era a morte política do PSD por muito tempo e do cavaquismo eternamente. É evidente que António Lobo Xavier deseja isso. O que é estranho é que Pacheco Pereira foi atrás. Deve andar muito cansado: a luta que mantém contra os blogues dos «assessores do governo» não o deixam dormir.
(Por Tomás Vasques in Blog Hoje há Conquilhas - Imagem: Biombo - linkinwithin )
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O Cavaquismo está moribundo ? Ou dá sinais de ressurgimento à força ? Situação complicada à vista. Quadrados e mais quadrados no horizonte. Porto
ResponderEliminaro O Dr. Pacheco Pereira anda muito confuso. Ele já não sabe mesmo se deverá deixar de apoiar o PSD ou não. Lis
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