
Hoje, na Quadratura do Círculo, na SIC N, António Lobo Xavier proferiu uma daquelas frases ocas, propagandísticas, que permite citações e, para os incautos, parece resultar de uma aturada reflexão: «o PSD não pode ser o líder da oposição e, simultaneamente, o principal sustentáculo do governo». António Lobo Xavier sabe que o PSD e o Presidente da República são, seguramente, as principais vitimas da queda do Governo, como resultado da não aprovação do Orçamento. Eleições em Abril, com o PSD a navegar no «espaço etéreo», com uma líder que prometeu abandonar a liderança após a discussão do Orçamento e que sofreu uma das maiores derrotas eleitorais do partido; e com um congresso, proposto por Santana Lopes, em simultâneo com a convocação de eleições internas, em que se digladiam, nos bastidores, mil tendências, é o anúncio do desastre. Cavaco Silva já espreitou o perigo e mostrou-se esperançado num acordo. Pinto Balsemão, depois de dizer que o PSD estava à beira do suicídio colectivo, deu um passo atrás quando percebeu que o seu partido ia aprovar o Orçamento: há vida no PSD, disse. Em eleições antecipadas e prematuras, a vitória previsível do PS (e se subisse, pelo menos meio, ponto percentual) era a morte política do PSD por muito tempo e do cavaquismo eternamente. É evidente que António Lobo Xavier deseja isso. O que é estranho é que Pacheco Pereira foi atrás. Deve andar muito cansado: a luta que mantém contra os blogues dos «assessores do governo» não o deixam dormir.
(Por Tomás Vasques in Blog Hoje há Conquilhas - Imagem: Biombo - linkinwithin )
O Cavaquismo está moribundo ? Ou dá sinais de ressurgimento à força ? Situação complicada à vista. Quadrados e mais quadrados no horizonte. Porto
ResponderEliminaro O Dr. Pacheco Pereira anda muito confuso. Ele já não sabe mesmo se deverá deixar de apoiar o PSD ou não. Lis
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