quarta-feira, 28 de julho de 2010
ABORTOU MAIS UM GOLPE DE ESTADO
A investigação ao licenciamento de um empreendimento comercial, em Alcochete – o caso Freeport –, em 2001, manteve um primeiro-ministro debaixo de fogo cerrado durante 6 anos. Passados estes largos anos de investigação, onde se desenvolveram múltiplas perícias urbanísticas, ambientais e financeiras, executadas por peritos da Polícia judiciária, e «analisada exaustiva e rigorosamente a prova carreada para os autos», o Ministério Público concluiu que não existiu qualquer acto ilícito no licenciamento do Freeport, nem qualquer crime de «corrupção activa e passiva, tráfico de influência, branqueamento de capitais e financiamento ilegal de partidos políticos».
É à luz do que agora foi concluído pelo Ministério Público que se deve fazer um exercício indispensável, a bem da saúde democrática do regime: projectar o «filme» ao contrário, de trás para a frente. Percorrer, um a um, todos os textos de opinião, em jornais, revistas e blogues; revisitar os Jornais de Sexta-feira, de Manuela Moura Guedes; desenterrar o defunto Independente durante a campanha eleitoral de 2005; até chegarmos à origem do processo: a denúncia «anónima» feita por gente ligada a partidos políticos.
O que se passou à volta do «processo Freeport» durante estes últimos 6 anos é um filme perverso, com muitos protagonistas e várias cenas hardcore, tendo o enredo um chão comum: a incúria, a perfídia, a maledicência e, sobretudo, uma visão policial de fazer política. Não pode, por isso, ser varrido para debaixo do tapete.
(Publicado no Aparelho de Estado)
Por Tomás Vasques - H.h.conquilhas - Imagem : R. Magritte -
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Uma das grandes sacanices da historieta recente do nosso Portugal. Gigi
ResponderEliminarO Publico hoje diz que afinal os Procuradores tiveram pouco tempo para ouvir o 1º Ministro. Seis anos depois da tal carta escrita por um desconhecido? Perdeu-se a vergonha ? Bartolo
ResponderEliminarFreeport um processo em que durante seis anos os nossos jornais desforraram-se em grande com mentiras todos os dias escarrapachadas para enganar leitor incauto. Um nojo ! M. Rosa
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