sábado, 13 de junho de 2009

UM DISCURSO OU UMA BARRETADA ?




Estou habituado, por vezes a ler, por outras, a nem sequer ter paciência para ler, os textos de António Barreto.
São normalmente textos muito contundentes, afirmativos como agora se diz.
De tal modo que ficamos a pensar que o senhor tem as soluções na mão. Acontece que nem do ponto de vista teórico ele apresente algo com cabeça, tronco e membros.
E do ponto de vista prático fez o que fez quando há trinta anos foi ministro da Agricultura.
Facto que lhe valeu fama e proveito eternos, sem grande esforços posteriores.
Mas voltemos aos seus textos na comunicação social.
Assumem, quase sempre, três características essenciais:
a) Evidências, ou mesmo banalidades sociológicas ditas com voz pausada, grave, profunda.
b) Critica de tudo quanto é inovação assumindo “posturas” de “velho do Restelo”
c) Critica dos governos de turno, especialmente quando estes se encontram na fase de declínio/termo dos respectivos mandatos.
Mas o que é certo é que a oração de sapiência encomendada por Cavaco saiu pífia.
Barreto decididamente não veste bem aquela pele “institucional”.
Terá querido ser um pouco mais consensual e foi ridículo.
Recomendar ingenuamente (?) o bom exemplo quando é precisamente o contrário que acontece, quando o que vemos é precisamente o mau exemplo, e é deste mau exemplo que são feitos os “vencedores”, não me parece sério nem realista.
Claro que a oração foi aplaudida em muitos quadrantes como se Barreto tivesse descoberto a pedra filosofal.
Só faltou que, como na missa, no final se tivesse ouvido um imenso coro de:”Assim seja”.
Ao ponto de o inefável Fernandes, do Público, ter sugerido que o discurso fosse afixado”em toda a parte: escolas, repartições, tribunais, empresas”.
Como na URSS , na China e no Portugal salazarento dos velhos tempos.
Já agora, como Fernandes está habituado a este tipo de cartilhas sugiro a edição em livrinho… de capa laranja!
(Postado por aviador in blog MALA AVIADA )

6 comentários:

  1. Que outra palavra se pode aplicar ao autor do texto a não ser EXCELENTE ? Barreto foi convidado por Cavaco para a lição pós eleições. Estava quase toda a gente dormindo e outros na praia é claro lavando as púdicas partes. Barreto falou e embarretou a nossa paciência. Dias

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  2. Barreto fala sempre do alto da sua sabedoria esquecendo-se de onde veio o que demonstra´que é uma pessoa que só pensa nele e que se acha o maior entre os maiores. Tenho alguma aversão a gente desta. Prefiro escutar os inteligentes mais pequeninos. Gonçalves

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  3. O Snr. Fernandes do Público também me enganou. Alguns dos seus editoriais são peças de puro fanatismo...... e fiquemos por aqui. Olga

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  4. O Director do Público tem de estar em consonância com o patrão Belmiro. Quando não se tem um caracter forte nestas coisas das notícias... viramos o baile mesmo que a música continue a ser a mesma. Tylo

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  5. António Barreto o célebre homem da frase que povoou ínumeras ruas de Portugal durante tantos anos graças à sua Lei Barreto mais o Director Belmiro/Fernandes ou Fernandes/Belmiro são dois homens que no Portugal de hoje gostam de dar cartas tal como o faz a Maya do Jet. Para quem gosta não é preciso olhar as estrelas lá de cima pois esses dois meteoritos andam cá por baixo. Gallo

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  6. Já não irei a tempo de 'audiência'!...

    É que só há pouco, consegui ler o discurso de Barreto...

    Para além do que já foi dito, a 'encomenda' do discurso 'cheira- me' a «Procuração» de Cavaco, pois no 2º parágrafo Barreto entra logo a 'limpar' a ´gralha' do Presidente no ano passado ao 'enganar-se' e proferir que estava-se [a 10 de Junho] a comemorar o dia da "Raça"!...

    Uns'engoliram' em seco,... outros [jornalistas] desataram a 'chatear'... mas, Cavaco, nunca mais se 'deu por achado' [nunca dá a mão à palmatória!]...

    Sendo homem de 'Contas' tinha um 'Saldo Devedor' que Barreto terá agora 'corrigido', "cerzindo" a 'gralha' de forma que, do 'pano' à 'memória', nada mais virá à colação,... e pela simples razão de que, pelo menos, o 10 de Junho deste ano, pela boca de António Barreto, até "mereceu" isto:

    «Estranho dia este!»... Barreto dixit.

    Caso não seja nada disto,... parece!

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