quarta-feira, 24 de junho de 2009

RUELLA RAMOS, UM SENHOR !



Foi este homem que permitiu que o jornal “Esquerda Socialista”, órgão do extinto MES, se tornasse realidade. Após o 25 de Abril, quase certamente a pedido do José Manuel Galvão Teles, a Renascença Gráfica compôs e imprimiu aquele jornal e alguns dos mais interessantes cartazes de autoria do Robin Fior. Nada era interdito e lembro-me de ter andado pelas instalações do Bairro Alto a acompanhar a produção de alguns trabalhos. A certa altura, no contexto das vicissitudes da chamada imprensa do MES, as dívidas contraídas exigiram um grande esforço de saneamento financeiro que permitiu saldá-las quase todas o que não impediu, quer-me parecer, que tivesse ficado alguma por pagar à Renascença Gráfica. Nunca mais ninguém falou nisso. Mais tarde, quando fui presidente do INATEL, foi adjudicada, por concurso público, à Lisgráfica a impressão da Revista “Tempo Livre”. Era, e continua a ser, uma encomenda de razoável dimensão, física e financeira, para o nosso meio editorial. Os concursos eram anuais. Lembro-me que num dos anos a Lisgráfica perdeu o concurso para outro fornecedor que apresentou melhores condições. O António Pedro Ruella Ramos deve ter ficado aborrecido. Não mexeu uma palha, não mandou recado, nem recriminação. Um grande Senhor!

(In Blog " Absorto" - Imagem: Net)

4 comentários:

  1. Há homens integros em Portugal e em todos o sectores . O pior são os maus jornalistas que tentam fazer passar a imagem, todos os dias, de que que Portugal é uma terra sem honra. Dias

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  2. E assim vão partindo grandes senhores que ajudaram Portugal a crescer democráticamente. A sua memória e os escritos que deixam são naturalmente um legado que não podemos desprezar. Bela

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  3. Nem tinha conhecimento que Ruella Ramos tinha falecido. Com tanta informação e passou-me ao lado. Ou então a dita informação não deu o devido relevo. Descanse em paz. BB

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  4. Lembro-me do Diário de Lisboa. Um bom jornal. Mas já passaram tantos anos que parece até não ter existido. O que o tempo faz a todos nós.Rio

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