domingo, 20 de junho de 2010

Visita de família....



O irrequieto Professor Marcelo, falando sempre do que sabe, apressou-se a desculpar a ausência de Cavaco Silva das cerimónias fúnebres de José Saramago: o que interessa, disse, é a presença espiritual.
Outros elaboraram mesmo teses com alguma densidade política para justificar a omissão - tratava-se, afinal, de retaliação patriótica.
Sabe-se agora - que raio de mania de desmentirem o Professor por tudo e por nada... -, pela voz do próprio, que Cavaco só não esteve presente para não quebrar uma promessa à família (e todos sabemos como as promessas e a família são fundamentais): "Todos os portugueses sabem que desde quinta-feira à noite estou nos Açores, em S. Miguel, cumprindo uma promessa que fiz há muito tempo a toda a minha família, filhos e netos, de lhes mostrar as belezas desta região".
É sempre bom sabermos estas coisas. Nas eleições presidenciais que se aproximam, teremos de questionar os candidatos acercas das promessas que fazem às famílias, envolvam elas os Açores ou mesmo a Capadócia.

(Posted by João Magalhães in Câmara Corporativa - Imagem: Net )

3 comentários:

  1. Para quê mais palavras se é um homem que não nasceu para este cargo ? Mello

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  2. Um Presidente tem de estar sempre livre para qualquer eventualidade que diga respeito à Nação. Depois está a família. Deve ter sio esse o juramento que fez. Mas a gente sabe o que a casa gasta. Paciência. Bela Zica

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  3. Que passou pela cabeça do Presidente da República para faltar à última homenagem nos Paços do Concelho e não representar convenientemente Portugal na despedida ao escritor português? Como é que Cavaco Silva tem o desplante de dizer que "o que um chefe de Estado deve fazer é diferente daquilo que deve ser feito pelos amigos ou deve ser feito pelos conhecidos"? Pois, o que deve fazer até pode ser diferente, mas está longe de ser fazer-se representar pelo chefe da Casa Civil. Nunca teve o privilégio na sua vida de alguma vez conhecer ou encontrar José Saramago, diz o Presidente. Que não se justifique, só piora as coisas, a única desculpa admissível era se com a sua ausência estivesse a corresponder ao desejo manifestado pela família do escritor. Se assim não foi, Cavaco não cumpriu o seu dever de chefe de Estado, de Presidente de todos os portugueses. Por muito que lhe custasse, há situações que não se compadecem com presenças em espírito.

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