sexta-feira, 11 de março de 2011

Pacheco Pereira e as novas tecnologias



Este texto da Lusa é apenas um exemplo de que o grosso da propaganda da manifestação dos deolindas é feito pela comunicação social, estando a ser espezinhados todos os critérios jornalísticos nas referências à iniciativa. Pacheco Pereira tem razão quando dizia ontem na Sábado o seguinte:

‘Os jornalistas acham que se devem distanciar das iniciativas partidárias, onde vão entrevistar os velhinhos mais boçais que encontram e filmar as camionetas vindas da província, e fazem comentários jocosos. Mas neste caso não há qualquer distanciação, é como se fizessem parte do comité de organização. E, embora o grosso da propaganda da manifestação seja feito pelas televisões e jornais, alimentam o mito de que tudo se deve às novas tecnologias, que parecem ter hoje o efeito lustral de dar inocência e espontaneidade a tudo que por elas passa. E quem critica tão pura e genuína iniciativa é imediatamente insultado de “velho”, um novo insulto típico da deslocação da luta de classes para os conflitos geracionais, e, ao mesmo tempo, típico da vulgata jornalística da “novidade”.

Também aqui soçobram todos os critérios jornalísticos mínimos, mas isso não é novidade quando estamos em plena moda do “deolindismo” nacional.’

Publicado por Miguel Abrantes em Câm. Corporativa - Imgem: Pintura de Gabrielle Rigo )

2 comentários:

  1. De acordo com o Pacheco Pereira. Não sei se pelas nossas idades, mas entendo perfeitamente...
    Beja

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  2. Mas em Portugal ainda existem critérios jornalísticos sérios ? Basta olhar à nossa volta. Em em que mãos se encontram ? Aladin

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