quinta-feira, 30 de junho de 2011

Secretária para a desigualdade ?


Foto acima - Drª Teresa Morais -

Teresa Morais é a nova Secretária de Estado da Igualdade. Curiosamente (ou não), a ex-vice- presidente da bancada parlamentar do PSD foi o rosto do seu partido em oposição à lei que regulamentou o casamento de pessoas do mesmo sexo. O que então escrevia o site do grupo parlamentar do PSD é elucidativo a este respeito:

"Teresa Morais critica processo de aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Teresa Morais refere que a Lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo aprovada, abalará profundamente a sociedade portuguesa. “É uma lei com a qual não nos identificamos, que não desejámos e à qual apresentámos uma alternativa equilibrada..."
In site do Grupo Parlamentar do PSD

E esta hein?
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Publicada por João Ricardo Vasconcelos in " Activismo de Sofá"

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Então boa sorte !



A intelectualite tuga ficou delirante com o anúncio da escolha de Nuno Crato para ministro da educação. Os professores alternam entre o silêncio e um suspiro de alívio. Daqui a uns meses, se Nuno Crato cumprir o programa do PSD para a educação, vai começar o ranger de dentes.

A maioria dos professores não terá lido o programa e vai ficar surpreendida quando constatar que, afinal, perdeu muito mais do que a avaliação. Não sei se os professores, quando perceberem que a escola pública ficará dependente dos interesses instalados no ensino privado, vão sair para a rua em protesto, com a mesma força que o fizeram para contestar Lurdes Rodrigues. Sei que não vão contar com a simpatia da opinião pública, anestesiada pela ideia de que as imposições da troika, por mais infames que sejam, têm de ser acatadas para salvar o país. Salazar também agiu sempre em nome do interesse dos portugueses, lembram-se?

Sei que vão aprender a ser avaliados por entidades externas, perder poder na gestão das escolas, ver a sua carreira dividida entre professores de primeira e de segunda e que o ensino público (docentes incluídos) irá perder grande parte da sua autonomia. Boa sorte!

Postado por Carlos Barbosa de Oliveira no Blog " Crónicas do Rochedo " Na Imagem: Nuno Crato

terça-feira, 28 de junho de 2011

Rigorosamente imparcial




- Pode ver em grande esta imagem extraída do Blog Aspirina B -

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Show off



Não há dúvida que o senhor Passos Coelho é um verdadeiro "mestre" do show off. A notícia posta a circular (certamente por alguém do seu gabinete) de que Passos Coelho teria viajado em classe económica para Bruxelas para participar no Conselho Europeu é prova disso. O anúncio caiu muito bem, como era de esperar, porque o populismo e o "show off" servem lindamente para enganar tolos. Mas nem sempre resultam. Como foi agora o caso, ao ficar a saber-se que o senhor Passos Coelho, com a opção pela classe económica, não poupou dinheiro ao Estado, visto que os membros do Governo viajam de borla na TAP.
Mais uma prova de que o senhor Passos Coelho nem as pensa.

Publicada por Francisco Clamote em Terra dos Espantos - Imagem: Net

sábado, 25 de junho de 2011

Mais um míssil de Passos



Pensando bem, os governos civis só sobreviveram porque a regionalização nunca se fez. Dizer-se que as suas atribuições devem transitar para as autarquias é um absurdo, pois daí necessariamente decorreria a redução da eficiência e a degradação dos serviços prestados aos cidadãos no que respeita à segurança, à proteção civil do território e à gestão das eleições.
Eliminar de uma penada os governos civis deixaria inúmeros e intrincados problemas por resolver. Nada, já se sabe, que atrapalhe o actual PM, apostado em não perder uma oportunidade para demonstrar que raramente sabe do que fala.
PS - O tom acintoso com que Passos Coelho se referiu aos Governadores Civis e o momento que escolheu para o fazer revelam má educação e falta de sentido de Estado. Os servidores do Estado devem ser respeitados, independentemente das tarefas em que se ocupam e da concordância de cada qual com as políticas que a mando dos governos eles executam ou executaram. Imaginem que o PM se tinha pronunciado nos mesmos termos sobre as forças armadas que se encontram no Afeganistão.

(In Blog " Jugular" - Imagem:MBDA - Mer et Marine

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Não deixar pedra sobre pedra



Camarada Pedro Picoito
A nossa fonte está à distância de um click. Foi o próprio Nuno Crato que afirmou, em declarações à Rádio Ecclesia, que, por ele, cortava o mal pela raiz: “Acho que o Ministério da Educação deveria quase que ser implodido, devia desaparecer”. Embora admita que, agora que foi convidado para governar, Crato esteja tentado a sustar os seus ímpetos bombistas, espero que não traia as suas expectativas.

Publicado por Miguel Abrantes em C. Corporativa - Imagem : Net

terça-feira, 21 de junho de 2011

Uma punhalada ?



Conseguem ver a dor expressa na cara de Fernando Nobre?
Talvez porque Pedro Passos Coelho, neste abraço, ostentava um punhal.
Sim, um punhal. Um punhal em forma de voto e um voto em forma de serviço fúnebre político.
O que se passou hoje no parlamento foi uma atitude de cobardia da parte do líder do PSD e futuro Primeiro-Ministro.
Pedro Passos Coelho, como líder do partido da coligação que obteve mais votos ou simplesmente porque é o futuro Primeiro-Ministro, tinha o poder de requisitar o sentido de voto aos deputados do CDS através de Paulo Portas, por exemplo, aquando da negociação com o CDS no acordo para o Governo.
Mas tal não aconteceu. Aproveitando-se da ingenuidade de Fernando Nobre, Pedro Passos Coelho fê-lo passar pela humilhação de ser recusado duas vezes, quando à partida já sabia que esse seria o desfecho final.
Dias antes o CDS afirmou que não ia votar a favor.
Dias antes o PS afirmou que não ia votar a favor.
O PCP e o BE igual.
A somar ao facto que o voto é secreto, condiciona ainda mais, um controlo da própria bancada que nem sequer era unânime na sua eleição.
Então estranha-se... porque é que o apresentou? Depois de todas as certezas que era quase impossível ser eleito, qual o objectivo de continuar a enxovalhar uma pessoa?
Mas depois, o que se entranha... é a cobardia de Pedro Passos Coelho. É a falta de coragem em tomar a decisão difícil de o afastar, de sugerir um nome consensual e que poupava ao homem o vexame, a vergonha de ser recusado duas vezes, acontecimento único na história do Parlamento.
Mas isso pouco interessa. O que interessa é que o corpo já estava em câmara ardente há alguns dias e alguém tinha de o enterrar, politicamente. Era quase uma jogada brilhante, não tivesse a Direita a maioria no parlamento...

Publicado por Miguel Abrantes Email recebido do leitor Hugo C.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Ele não ía à bola com a classe política......



A Assembleia da República iniciou os seus trabalhos da melhor forma possível ao derrotar a eleição do candidato Fernando Nobre para presidente da Assembleia da República, candidato que se viu forçado a desistir depois de ter perdido duas votações.
A derrota da candidatura de Fernando Nobre não é, porém, apenas do candidato derrotado, pois atinge também o proponente Passos Coelho, porque a candidatura foi fruto (e apenas fruto) duma negociata entre ambos e que não honra nem um, nem o outro. Nobre pode ter um "ego" do tamanho do mundo, mas não tinha, nem tem, nem o perfil, nem a experiência parlamentar para desempenhar com dignidade as funções que se propunha exercer. A eleição de Fernando Nobre, em tais circunstâncias, teria constituído uma afronta à Assembleia da República, afronta que esta não tolerou. E muito bem.
Honra, pois, aos deputados que não pactuaram com uma manobra de baixo nível. A vitória é deles.
Fernando Nobre e Passos Coelho ainda têm, pelos vistos, muito que aprender. Veremos no futuro se com esta decisão da Assembleia da República aprenderam alguma coisa.
Provavelmente, não, porque já deram provas de que a humildade democrática não faz parte do elenco das suas "virtudes". E a coerência, pelo menos em relação a Nobre, parece que também não, pois vai exercer o mandato de deputado, quando antes afirmara o contrário. Resta-lhe, a partir de agora, arrastar-se pelos salões da Assembleia da República. Que lhe faça bom proveito.

Publicada por Francisco Clamote in Terra dos Espantos - Imagem: Net

Há muita falta de memória na politica



Nuno Saraiva, no DN
‘Em Castelo Branco, o Presidente da República apelou ao regresso à terra e sublinhou que “Portugal importa hoje cerca de seis mil milhões de euros de bens agrícolas para consumo, sendo que as nossas exportações chegam apenas aos três mil milhões de euros”. Cavaco Silva acrescentou que, “num país como o nosso”, um défice alimentar destas dimensões “não tem razão de ser”. E, pasme-se, exortou: “Esta situação não pode continuar. Temos de desenvolver um programa de repovoamento agrário do interior.” Perdão? Alguém se lembra de quem era o primeiro-ministro entre 1985 e 1995? E de quem então foi o responsável pela negociação da Política Agrícola Comum, a famigerada PAC? E de quem, na sequência dessa mesma negociação, pagou aos agricultores portugueses para não produzirem e deixarem as terras ao abandono? Em síntese, de quem arruinou irremediavelmente a agricultura portuguesa? O carrasco foi Aníbal Cavaco Silva, então primeiro-ministro. O mesmo que hoje, como Presidente da República, incentiva os portugueses a virarem-se, não só para a agricultura como forma de equilibrar a nossa balança comercial, mas também para o mar. Não foi Cavaco Silva primeiro-ministro quem ordenou o abate de grande parte da frota pesqueira portuguesa em troca de indemnizações comunitárias? Pois é. A memória é tramada.’

Publicado por Miguel Abrantes in Cam. Corporativa - Imagem: 5 dias Net

sábado, 18 de junho de 2011

E a fome ?



O senhor Passos Coelho, agora na pele de primeiro-ministro indigitado garante, em "entrevista ao jornal britânico Financial Times que Portugal enfrenta dois “anos terríveis” pela frente, com um desemprego recorde e uma profunda recessão."
Não estive de acordo com o senhor Passos Coelho durante a campanha eleitoral e lamento muito, mas não é por ele ser agora primeiro-ministro indigitado que vou passar a concordar com ele.
Ora, é evidente que Portugal não vai enfrentar dois "anos terríveis". Eu diria até que muito pelo contrário. Em Portugal, vai jorrar leite e mel. Aliás, tal é já um facto. Veja-se, só a título de exemplo, que a "fome" que afligia milhares, senão milhões de cidadãos, antes das eleições e, designadamente, durante a campanha eleitoral, já desapareceu por completo. Nunca mais se falou desse flagelo, nem nas televisões, nem nos demais órgãos de comunicação social. A ICAR (Igreja Católica Apostólica Romana) deixou de abordar o tema, através da sua hierarquia. As cantinas escolares já não precisam de abrir portas durante as férias, como no passado recente, acontecia. E, argumento decisivo: até Cavaco Silva deixou de ir "matar a fome" ao Casino do Estoril.
Alguma dúvida?

Publicada por Francisco Clamote in Terra dos Espantos" - Imagem TVI 24 h on line