sábado, 28 de agosto de 2010

UMA DE CADA VEZ



«Há uma mulher no Irão condenada à morte por lapidação. Tem 43 anos, dois filhos (um de 22 e uma de 17), e, dizem- -nos, é culpada de "adultério "e de "envolvimento na morte do marido". Está presa há quatro anos. Este mês, o seu advogado fugiu do país e pediu asilo político. A seguir, a televisão iraniana difundiu aquilo que apresentou como a confissão desta mulher, uma voz sumida sob um véu, irreconhecível.

Não, não é a primeira mulher a ser condenada à lapidação por adultério, no Irão (onde há mais 11 a aguardar a mesma execução) e fora do Irão. Não, não é novidade haver mulheres lapidadas por "relações sexuais ilícitas", algumas delas crianças, algumas delas vítimas de violação. Há imagens dessas execuções na Net, descrições atrozes que nos parecem mentira. Aliás tudo isto parece impossível de tão bárbaro, tão de outro mundo - um mundo onde se mata com pedras nem muito grandes nem muito pequenas para que a agonia dure, onde uma mulher pode ser o alvo de um jogo de acerta e mata por causa desta palavra, adultério, desta noção de que as mulheres são o mal e o corpo do diabo, feitas para castigo e submissão.» [DN]

Parecer:

Por Fernanda Câncio.

(In Blog O Jumento - Imagem: Net )

3 comentários:

  1. Que mentalidades e tradicionalismos horrorosos existem neste mundo. Divulguemos todos que tudo isto, passa de monstruosidade para o outro lado.
    Lena

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  2. Belo artigo da Fernanda Câncio. Tudo o que ali se diz, infelizmente existe no Irao e noutros lugares parecidos.A nossa revolta deve ser permanente e de apoio a todas as mulheres que vivem esta loucura de certos loucos que julgam mandar nos outros como se fossem meros objectos.
    A minha repulsa total para com esses tiranos.
    Beja

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  3. Vergonha. Mas tenho esperança que esse tais tiranos um dia caiam do seu pedestal. Mena

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