quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Ironia do d e s t i n o

A ministra que iniciou o exercício do cargo escolhendo a roupa dos seus funcionários vai ter de abandonar o mesmo cargo para escolher a roupa do bebé.

Há quem defenda que não era necessário abandonar o cargo, mas alguém avisou a ministra para o trauma que seria o susto que o bebé apanharia quando visse o tio Gaspar. Já basta a geração pertencer à geração Gaspar, uma geração que está aprendendo a comer a sopa sob a chantagem de aparecer o Gaspar.

(In Blog " O JUmento " - Fotografia: Net )


  

É só mais uma, né ?








Como se costuma dizer "mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo". Neste caso, não é apenas um, pois, na verdade, são dois os mentirosos apanhados e duma só vez: Passos Coelho e Paulo Portas. Um e outro quiseram fazer-nos crer que a sobretaxa que levou metade do subsídio de Natal aos portugueses foi uma condição para a ‘troika' aceitar a receita extraordinária da transferência dos fundos de pensões da banca.
A "troika" já tinha desmentido a versão, mas agora é o próprio ministro das Finanças* quem afiança que o corte no subsídio de Natal deste ano "foi uma opção do Governo".
Que o primeiro-ministro e o vice-primeiro-ministro Portas nos tenham pregado uma tal peta, já não incomoda ninguém, tantas elas são. Pelos vistos. É só mais uma. Né ?
As "ovelhinas" continuam a "comer e calar". Mé!
(*Que, já se sabia, é quem manda)
 
In Blog  :  Terrra dos  Espantos - Imagem : Net

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

E assim começamos o ano...com Cavaco & Silva






Tal como em 2012, um hipócrita e oportunista pensamento económico mágico mora em Belém e a falta de memória mora no editorial de hoje do Público: “pôr cobro à espiral recessiva”, à crise de procura, e cumprir o memorando, combinar crescimento e austeridade necessariamente recessiva, denunciar injustiças flagrantes, mas sempre sem tocar nos credores, claro. Cavaco tenta habilmente manter a hegemonia política que garante privatizações e desregulamentações sociais e laborais sem fim. Este é ainda o desgraçado centro do debate político. Cavaco faz tudo para manter o PS e a UGT atrelados a um memorando e a um putrefacto “consenso social” que os impede de dizer e de fazer qualquer coisa de esquerda, qualquer coisa civilizada, qualquer coisa. Depois do seu inesquecível silêncio sobre a desunião europeia, que durou até ao momento em que a troika aterrou na Portela, Cavaco aponta agora para uma vaga solução europeia, ao mesmo tempo que recusa o uso pelo país de uma das poucas armas – a reestruturação da dívida – que pode forçar a superação do impasse perpetuador da actual política. Enfim, sem surpresa, Cavaco continua a ser o presidente, com p pequeno, de todas as troikas.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Marcelo Rebelo de Sousa







Os portugueses podem estar a enfrentar uma crise grave, a sofrer porque a extrema-direita transformou o país num laboratório dirigido por imbecis, podem estar no desemprego e passar fome, mas têm o professor Marcelo e isso significa que no meio de todas as dificuldades são um povo com sorte, o professor podia ser francês, espanhol e até alemão, mas Deus foi generoso e decidiu que seria português.

O que seira de nós se não fosse o professor Marcelo que perante mais austeridade e com a recessão na Europa decobriu que 2013 seria pior do que 2012. O que seria deste pobre país sem as previ~soes do professor Marcelo, enfim, teria que viver com as previsões do Gasparoika que parecem ser encomendadas à santinha da Ladeira..
 
«Marcelo Rebelo de Sousa disse este domingo que o próximo ano vai ser ainda mais difícil do que 2012. Isto dois dias depois de o primeiro-ministro ter dito no Parlamento que o ano que está a chegar ao fim foi o pior desde 1974.
  
O antigo líder do PSD defendeu no seu comentário semanal da TVI que a crise económica será mais sentida em 2013, com a aplicação do Orçamento do Estado, que prevê ainda mais cortes e, sobretudo, um enorme aumento de impostos.
  
“O país vai estar muito irritado economicamente, vão existir alguns ataques cardíacos”, disse o professor, lembrando os cortes orçamentais previstos e o agravamento fiscal para o próximo ano. Para Marcelo Rebelo de Sousa as previsões não são de melhoria a nível económico e social. No entanto, o comentador não acredita que possa acontecer um 2013 uma crise política.
  
“Não haverá espaço para crises políticas e governamentais”, acrescentou Marcelo, explicando a importância que o Presidente da República terá durante o próximo ano. “Cavaco Silva terá um papel crescente em termos de moderação porque 2013 será pior do que 2012.”» [Público]

(in blog O Jumento  - Foto: Pintura de Anton Semenov )

domingo, 16 de dezembro de 2012

Ideias em véspera de Natal

Constança Cunha e Sá, Nem mais:
    ‘(…) Nem por acaso, dei de caras, esta semana, com um menino da JSD, que se prepara para se candidatar à presidência da mesma, a explicar que é “hipócrita e socialmente iníqua a tendencial gratuitidade da educação e saúde”. Nem mais! Cria um problema constitucional? O menino da JSD não tem dúvidas: manda-se a Constituição às malvas até porque, como já se viu, o primeiro-ministro só consegue governar contra a Constituição: para o actual PSD a Constituição, esse empecilho, não passa de um bode expiatório, capaz de explicar todas as asneiras do governo.’

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Nobeles há muitos

Um ex-PM que aceitou fazer de mordomo numa cimeira de guerra e que afirmou ter visto provas das armas de destruição maciça é, sem dúvida, a personagem ideal para receber o Nobel da Paz em nome seja do que for.

De facto,
    Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba.
    Atreve-se o tempo a colunas de mármore, quanto mais a corações de cera!
      Padre António Vieira, Sermão do Mandato, III. (1643)

Os números não param de crescer

Tantos sacrifícios no altar da austeridade.

In Blog " A Lei do Funil "

sábado, 1 de dezembro de 2012

Relvas o rei dos viajantes

«Miguel Relvas, ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, é o representante do Governo português na tomada de posse do presidente do México, Enrique Peña Nieto, que ganhou as eleições de 1 de Julho.» [Jornal de Negócios]
   
Parecer:
 
Timor, Brasil, México, para evitar o país o ministro Relvas dito doutor viaja tanto e dá tantas voltas ao mundo que em vez de um ministro mais parece um satélite.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Relvas quanto é que já gastou aos contribuintes com as suas viagens.»

In Blog O JUMENTO
  

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

IDIOTIA

A rapaziada da Juventude Social Democrata quer que o Estado estabeleça um limite à atribuição das pensões de sobrevivência, alegando que «uma pessoa que tenha rendimentos mensais superiores a dois mil euros e não tenha filhos a cargo» não deve ter direito a ela. Estamos em pleno século XIX: Duarte Marques, deputado líder da JSD, argumenta que as pensões de sobrevivência «foram introduzidas para apoiar as mulheres que não trabalhavam e que não tinham outros recursos, mas agora a maior parte das mulheres trabalham

Não sei nem me interessa saber se o sr Marques é casado ou tem filhos. Mas sei que as famílias compram casa e têm filhos porque a soma de dois salários lhes permite essas duas “extravagâncias”. E não pode ser a soma de dois salários quaisquer. A soma de dois salários mínimos não entra nesta equação. A maior parte das casas que estão a ser devolvidas aos bancos, por incapacidade de cumprimento da hipoteca, são casas em que um dos cônjuges ficou desempregado. O sr Marques acha que o segundo salário é para alfinetes. E quer os cônjuges sobrevivos debaixo da ponte.

A pensão de sobrevivência corresponde a 50% da pensão de reforma ou aposentação a que o cônjuge falecido teria direito. É para isso que serve o desconto para a Segurança Social ou para a Caixa Geral de Aposentações. Que o valor atribuído à pensão de sobrevivência seja metade daquilo que o trabalhador/funcionário receberia na reforma/aposentação significa já que o Estado confisca metade dos descontos.

Esta gajada quer fazer regredir o país à era pré-industrial. No pasarán!
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In Blog DA LITERATURA

sábado, 17 de novembro de 2012

A Religião não magoa: às vezes mata .

Morre uma mulher a quem foi recusada uma interrupção de gravidez numa situação em que estava em causa – como se viu – o denominado “perigo de vida para mãe”.
A mulher assassinada por um pessoal pró-vida, sim, pró-vida, tem nome, tinha nome, chamava-se Savita Halappanavar, era indiana, tinha 31 anos, estava grávida de 17 semanas e morreu no Hospital Universitário de Galway.
Morreu agonizada nas complicações da sua gravidez, morreu após o pessoal médico ter recusado interromper a gravidez sob o argumento de que estava num “país católico”. Desde os 4 meses que a assassinada pedia ajuda médica, pedia uma IVG, devido a complicações de saúde, mas os pró-vida disseram, até ao coração de Savita parar de bater fruto de uma infeção generalizada, que não se aborta enquanto “o coração do bébé bater”.
Católicos pró-vida.
Fica a memória da cara de mais uma vítima desta gente.

(In Aspirina B - Blog )