terça-feira, 5 de janeiro de 2010

REFERENDOS



Não sei no que resultaria se os nossos governantes da altura resolvessem referendar algumas coisas que nem nos passa pela cabeça questionar agora:

* Abolição da escravatura
* Abolição da pena de morte
* Direito de voto para as mulheres
* Alfabetização das mulheres
* Direitos iguais no casamento para ambos os cônjuges
* Divórcio com igualdade de direitos para ambos os cônjuges
* Escolaridade obrigatória
* Proibição do trabalho infantil
* Etc.
* Etc.
* Etc.

(Sofia Loureiro dos Santos in Blog " A Regra do Jogo " )

OS DEFENSORES DA RAÇA





No Luxemburgo, os portugueses mostram a sua raça. Uma raça de empregados de mesa, motoristas, porteiras, mulheres da limpeza, camareiros, pedreiros, empregados fabris, desempregados. Uma raça de manipulados pelos doutores que são patrões, directores, chefes, capatazes. Uma raça que cultiva a tragédia de não votar, ou de votar nos que desprezam o aumento da escolaridade obrigatória, nos que boicotam a avaliação dos professores, nos que odeiam o projecto Magalhães e nos que gozam alarvemente com o programa das Novas Oportunidades. Uma raça a carregar, desde que há memória, a pior das misérias: a desistência de si própria.

Muito gosta desta raça quem entende o exercício de oposição como uma luta sem quartel pela conquista do Poder.

( In Blog Aspirina B - Imagem Net)

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

HORROR AO QUE É POSITIVO



«Em nome de um conceito pobre de noticiabilidade, o jornalismo dominante, parece ter horror ao que é positivo. Notícia a sério é negativa e, se possível, catastrófica. Se uma qualquer instituição, personagem ou situação tiver de ser notícia por algo que se assemelhe a coisa boa e exemplar, mister se torna descortinar uma mancha, uma “petite histoire” para fazer a notícia. O negativismo é contaminante: mesmo o positivo tem de ter um caso que destoe e gere a pimenta e o frisson de que se faz o paladar do nosso jornalismo imperante.

Dir-se-á que a realidade não anda para brincadeiras e que é difícil encontrar motivos razoáveis que sustentem um jornalismo menos carregado de tintas negras e de borrascas iminentes. Mas não nos diz a experiência que é precisamente em tempos de crise e de desvario que se geram os actos mais ousados de inventiva e de dádiva?
(...)
Em rigor, não é de um jornalismo positivo (em contraponto a um jornalismo negativo) aquele de que vitalmente carecemos. O que falta é, pura e simplesmente, jornalismo que tome consciência dos filtros com que olha e selecciona o que se passa à sua volta e procure restituir-nos uma imagem menos truncada e mais completa de Portugal e do Mundo. »

(posted by Kaotica | Blog A Lei do Funil e Manuel Pinto no Página 1-Imagem: Net)

HORROR AO QUE É POSITIVO

DUBAI EM GRANDE E FALIDO !



A inauguração da «torre Dubai», hoje, a 4 de Janeiro de 2010, merece referência porque, no futuro, vai ser o símbolo da decadência de um modelo que a actual crise mundial matou e que muita boa gente ainda não se apercebeu.

(Por Tomás Vasques no blog : Hoje há conquilhas )

domingo, 3 de janeiro de 2010

AFINAL O PROBLEMA ERA OUTRO



Quem se recordar do que foi dito sobre a ex-ministra da Educação e tiver agora ouvido e acompanhado com alguma atenção o que a nova ministra foi dizendo, bem como os comentários que ao longo das últimas semanas foram sendo produzidos pelos sindicatos dos professores, não pode deixar de ficar estarrecido. Maria de Lurdes Rodrigues foi afastada, os sindicatos esfregaram as mãos de contentamento: agora é que ia ser.

Poucas semanas volvidas verifica-se que está tudo na mesma.

Ontem fiquei a saber que um dos sindicatos quer "impor" ao Ministério um conjunto de 38 pontos (só?) para poder chegar a um acordo.

O PSD, pela voz altamente credível do seu twitter e deputado Pedro Duarte, um homem que como todos sabem tem uma vasta experiência profissional e notável currículo, lá veio de novo criticar Isabel Alçada. Mas quanto a soluções zero.

Cada dia que passa percebo menos o que querem os sindicatos e fico sem saber o que pensam os professores daquilo que as dezenas sindicalistas que os representam andam a fazer pelos gabinetes da 5 de Outubro.

Não sei se no meio deste caos negocial ainda haverá alguém na opinião pública que acredite numa palavra do que diz a Fenprof, o Sr. Mário Nogueira ou os seus pares, mas começa a ser demasiado óbvio que o problema não era de flexibilidade, de diálogo ou de boa fé. Ou seja, a culpa não era de Maria de Lurdes Rodrigues.

Acho notável que mais de 100.000 professores tenham desfilado em Lisboa contra a ex-ministra, mas duvido que hoje voltassem a fazer o mesmo contra Isabel Alçada, em especial com a mesma convicção e com o mesmo espírito.

A mim, que nada tenho a ver com essa guerra, mas a quem custa ver o estado a que tudo isto chegou (o diagnóstico que Francisco José Viegas fez na entrevista a João Pereira Coutinho é bem elucidativo) por culpa de uma incontornável e necessária avaliação, quer-me parecer que ou os professores se livram destes sindicalistas profissionais e das dezenas de sindicatos que têm, passando a falar a uma só voz, ou a classe e o ensino nunca mais terão sossego. Hoje são 38 pontos, amanhã serão 50, e nunca mais se sai disto.

Oxalá que 2010 possa trazer lucidez e bom senso aos sindicatos e paciência aos portugueses para acompanharem os próximos capítulos dessa miserável novela que a ninguém serve, mas que ou muito me engano ou dentro de algumas semanas acabará com o Sr. Mário Nogueira a pedir a demissão da ministra.

( Por Sérgio Almeida Correia - in Blog - Delito de Opinião - Image: Pintura de Carlos Cardoso)

sábado, 2 de janeiro de 2010

JÔ SOARES TRAZ PESSOA AO VILLARET



Grande apreciador da obra de Fernando Pessoa, o humorista brasileiro Jô Soares – que já trouxe a Portugal vários espectáculos de humor ao vivo – regressa ao nosso país com um trabalho onde ‘diz’ doze textos do poeta modernista português. O espectáculo baseia-se no CD Remix em Pessoa, que Jô Soares gravou em 2007 e com o qual se apresentou no Brasil com grande êxito. Para além dos poemas propriamente ditos, o espectáculo tem também uma componente musical, percorrendo géneros variados, do hip hop à música erudita, do jazz às valsas. Depois do Rio de Janeiro e São Paulo, Remix em Lisboa estará em cena no Teatro Villaret de 29 de Janeiro a 7 de Fevereiro. Os bilhetes já estão à venda no Teatro Villaret, mas podem também ser adquiridos na Ticketline, Fnac ou Worten.
(fonte: CM)
( In Blog " Mundo Pessoa" )

PARA ONDE CORRE CAVACO ?



Quando Cavaco convocou a comunicação social para, supostamente, explicar o que andou a fazer durante a campanha para as Legislativas, ninguém esperava ouvir o chorrilho de tonteiras que saiu da boca do que já era o pior Presidente da República no pós-25 de Abril. O que disse então não tem ponta por onde se pegue, e a sua recusa em se deixar interrogar pelos jornalistas é a marca de uma consciência culpada e irresponsável. O que fez e deixou fazer, alinhando numa golpada mediática, é imperdoável.

Cavaco não é o Presidente de todos os portugueses. Nem de metade dos portugueses. Em boa verdade, ele já só representa o grupo dos reaccionários.

Não dá para antecipar as Presidenciais?

( In Blog Aspirina B - Imagem : Económico Sapo pt )

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

SÓCRATES O MAIS RESISTENTE ?



Nenhum político resistiu a tanto ataque vindo de todos os lados, no seu partido teve que aturar a vaidade ofendida de Manuel Alegre, em Belém contou com as “preocupações” de Cavaco Silva e as diatribes conspirativas dos seus assessores, na comunicação social teve uma estação de televisão, pelo menos um semanário e vários diários dedicados em exclusivo ao seu derrube, na magistratura contou com a perseguição de magistrados que acham que fazem melhores escolhas eleitorais do que os portugueses, nos sindicatos teve o ódio de todas as estruturas sindicais controladas pelo PCP. Apenas contou com o apoio indirecto do PSD cujos dirigentes em vez de fazerem oposição insistem na autofagia.

(In Blog " Jumento " IMagem: Net )

TODOS AO TOPO ?



Escreve, no Lóbi do Chá, José Costa e Silva: «Os professores até podem conseguir a melhor revisão do estatuto da carreira docente e o modelo de avaliação mais favorável, mas duvido que depois deste regateio consigam ter a simpatia do país. Já se sabe que das mais variadas lutas dos sindicatos, não consta o prestígio.» Concordo. A tranquilidade dos professores e os altos salários – todos chegarem ao topo da carreira para obter uma boa reforma - não vão dar para pagar todos os prejuízos.

(Por Tomás Vasques - In Blog Hoje há conquilhas - Imagem : Magritte)