terça-feira, 22 de outubro de 2013

Um homem não é um rato


Gosto deste tipo de constatações.

Também um cão não é um peixe, um cavaco não é um presidente, um irrevogável não é uma flor que se cheire, um gato não é um porco-espinho, uma cáfila não é um governo, um cherne não é um homem fiável, um coelho não é um farol, um caracol não é uma lebre, e por aí fora até à máxima de que um trabalhador do privado não é um funcionário público.

O que é que isto interessa? Nada! Também um Blog não é um compêndio, pois não?
LNT
[0.398/2013]  in Barbearia do Senhor Luís

domingo, 13 de outubro de 2013

A TAL COISA



Vai acontecer a Passos o que aconteceu a Relvas. Assim que desaparecer de cena, ninguém mais gastará uma caloria a dar-lhe importância. Porque nunca a tiveram nem se acredita que venham a ter. Relvas e Passos foram os principais responsáveis pela existência de um Governo que conseguiu recuperar para a estima pátria o período de Santana Lopes como primeiro-ministro, um feito que para ser devidamente celebrado devia ser galardoado com o Nobel da Paz, o Nobel da Física, o Nobel da Química, o Nobel da Medicina, o Nobel da Literatura, o prémio Pritzker, o prémio Ostra e o prémio Sakharov, tudo ao mesmo tempo e entregue à molhada num saco de plástico. A memória deste casal servirá para nos espantarmos de quando em vez, em momentos de insana modorra, com a degradação a que chegou a direita portuguesa no século XXI. E para nada mais.
Pois é. Isto da importância é a tal coisa.

(In Blog Aspirina B ) _ Imagem: Net

Investigações do " SOL "



O filho de um desempregado da construção civil quis participar num big brother qualquer. Congeminou um embuste: o seu pai era o estripador de Lisboa, segredo que ele estaria disposto a desvendar no programa. O Sol do pequeno grande arquitecto viu o furo, tendo incumbido Felícia Cabrita, biógrafa de Passos Coelho, de anunciar que o caso de miséria humana que lhe bateu à porta era o resultado de um aturado trabalho de investigação. O que aconteceu depois é conhecido: o pobre desempregado esteve a ver o sol aos quadradinhos durante 13 meses antes de ser absolvido (com o tribunal a entender que o arguido “limitou-se a confirmar várias sugestões que a jornalista ia apontando”). Agora, terá sido descoberto o verdadeiro estripador. Sem um gesto de contrição, as grandes investigações do outrora luminoso Solcontinuam.