segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Rola- Bosta



A propósito da notícia do CM sobre os cartões milionários na Defesa, e do subsequente Esclarecimento do ex-ministro Augusto Santos Silva, já ontem publicado neste blogue, FERREIRA FERNANDES, escreve hoje, no DN mais um texto, a vários títulos, notável e que bem merece divulgação. Este:

"Um político com crédito

Há um Santos Silva banqueiro (Artur) e um Santos Silva ex-ministro (Augusto), e foi naturalmente a este que se passou cartão porque o assunto era achincalhar: "Cartões milionários na Defesa", titulou o Correio da Manhã. O Santos Silva não milionário, afinal, era-o... O ministro da Defesa do último Governo tinha dez mil euros de plafond!, gritou o jornal, tão alto quanto o teto do cartão bancário. O CM tem a mais apurada pituitária dos jornais, se fosse escaravelho haveria de se chamar rola-bosta, quem gosta fica bem servido. E assim lá houve mais um episódio de indignação esganiçada. Tudo normal, não fosse o tal Santos Silva não ser dos políticos que quando há suspeitas sobre as suas contas se negam a divulgá-las. A contracorrente do que é norma, o Silva do teto alto, em vez de deixar a suspeita assentar e esquecer, espevitou-a. É certo que começou por dizer, o que podia ser mero truque para protelar a explicação, que do cartão de serviço só gastara em serviço. Oh filho, os fãs do rola-bosta querem é saber se bebeste Petrus à custa do povo... Mas não, o Silva do cartão não estava a protelar coisa nenhuma, tirou a coisa a limpo e exigiu que o Ministério da Defesa tornasse público o que gastara. E ontem soube-se: nos 20 meses em que foi ministro, do seu cartão super-hiper de dez mil euros, Augusto Santos Silva gastou uma média de 147,72 euros mensais. Deixa-me fazer contas: dez mil, manchete; 147 euros, deve dar duas linhas."

(In Blog Terra dos Espantos - Foto Supersitegood.com )

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O choque ortográfico



mas repito que mantenho uma posição ambivalente em relação ao acordo ortográfico. Adotei-o por motivos muito práticos, reconheço-lhe virtualidades mas também imperfeições, e não faço questão de «tomar partido» de maneira unívoca num campo, como o da língua, que se intromete no mais fundo da nossa personalidade e da nossa matriz cultural coletiva. Oiço e dialogo, num esforço de racionalização dos argumentos que enfrenta uma espécie de clima de guerra não-declarada, na qual uma das partes, aquela que a iniciativa legislativa derrotou, é por isso mesmo particularmente venenosa.

Só que esta condição de derrotada com vontade de desforra tolda-lhe os argumentos: uma grande parte dos textos e artigos anti-acordo que tenho lido em jornais, blogues e redes sociais é muito má, usando de forma recorrente uma retórica de «redução ao absurdo» que integra hipóteses sem pés nem cabeça, situações e escolhas do legislador sistematicamente inventadas, casos impossíveis que jamais se colocaram («o que seria se…», «imaginem que…», «suponham lá…», «e se optássemos por…», etc.). São estratégias que tendem a subvalorizar a inteligência do leitor e essa não é com toda a certeza uma boa forma de convencimento.


(In Blog " A Terceira Noite " )

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

É muito difícil respeitar uma Igreja assim.....



“A mulher deve poder ficar em casa, ou, se trabalhar fora, num horário reduzido, de maneira que possa aplicar-se naquilo em que a sua função é essencial, que é a educação dos filhos.” Assim diz o novo cardeal Manuel Monteiro de Castro.

De uma assentada, decreta-se que o papel da mulher no espaço público é indesejável, que o papel do homem na educação dos filhos é secundário, que uma família com filhos só pode ter um homem e uma mulher, e que os obstáculos à opção de constituir uma família com filhos nada têm a ver com o desemprego e a crescente precariedade das relações de trabalho.

Será que no reino de Ratzinger a ignomínia faz parte das provas de acesso a cardeal?

(Postado por Ricardo Paes Mamede em " Ladrões de Bicicletas " Foto: Net

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Ó Aníbal ! Onde estás tu *omem ?




(Por João Jose Cardoso no Blog " Aventar ")

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

General PIna Monteiro



o Senhor general tem toda a razão, aliás, os generais têm sempre razão, não há qualquer instabilidade nas forças armadas, o pessoal anda todo contente. Nem se percebe muito bem porque razão o senhor general aborda o assunto.

«O chefe do Estado-Maior do Exército, general Pina Monteiro, negou hoje a existência de instabilidade no seio da instituição militar, considerando que esta é, por vezes, suscitada externamente

"Não temos instabilidade interna no seio militar, temos sim as dificuldades como qualquer instituição do Estado hoje tem e estamos prontos para resolver estas situações e vamos ultrapassá-las com diálogo, com coesão, com disciplina", afirmou o general Pina Monteiro no Funchal, depois de um encontro com o presidente do Governo na Madeira, Alberto João Jardim.» [DN]

(In BlogO Jumento - Imgem : Cartoon .png )

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Serviço « público »



Serviço «público».

Gostávamos de o
convidar para um programa de opinião na RTP1, mas antes necessitamos de saber
se está de acordo com a política externa do actual governo, se apoia o governo
de Angola, o governo chinês e a senhora Merkel . Caso contrário, lamentamos mas
ignore o nosso convite, porque a sua opinião vai contra o serviço público que
queremos prestar a bem de Portugal.

Por Tomás Vasques in Hoje ha conquilhas .- Imagen: Copy Net -

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Adivinha quem veio cá jantar ?



Porque será que a Chanceler se foi lembrar da Madeira, uma região ultraperiférica e pequena no contexto da União?

É que basta ter um conhecimento superficial sobre os processos cognitivos para compreender que o tema da Madeira só poderia surgir como exemplo se ainda estivesse fresco na memória da Chanceler.

Por isso, e ainda que mal pergunte: quem terá andado a falar da Madeira e em que termos – tal a impressão que causou – para que ele ficasse gravado na memória de Angela Merkel?

É impressão minha ou estamos mesmo todos a ver quem foi…?

Afonso

Publicado por Miguel Abrantes in Camara Corporativa - Cartoon de Rodrigo

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O GASPAR....DESAPARECEU !



O que é feito do grande Vítor Gaspar? Será que essa grande estrela era, afinal, uma estrela cadente?

Desapareceu cedo, parece que se sente mais à vontade nas ruas de Londres do que nas do seu país, parece que está mais à vontade para discursar nas universidades inglesas do que nas portuguesas, nem mesmo um batalhão de homens armados lhe dão tranquilidade?

Desapareceu quando mais se sentiu a necessidade da sua palavra, das suas previsões, quando o desemprego cresce exponencialmente, quando os primeiros sinais de contracção económico apontam para números bem maiores do que os 2,8% previstos no OE, quando todos os economistas apontam a austeridade como um erro brutal, quando a sua tese é chumbada nas ruas, nas mercearias e nas universidades.

O homem que foi muito mais longe do que qualquer troika, o ideólogo do empobrecimento forçado, o inventor de desvios colossais, optou pelo silêncio, não resistiu à crítica dos cavaquistas e mandou o Passos Coelho dar a cara. E o anjinho do Passos Coelho fez o que o Gaspar mandou, deu a cara pela nova legislação laboral e pelo Carnaval. Até o Álvaro deu a cara pela nova legislação laboral enquanto o “corajoso” Gaspar se escondeu.

Quando os portugueses perceberam que o Gaspar soube salvaguardar o seu estatuto económico no Banco de Portugal, quando sente receio de que perdeu o controlo da situação e que as consequências das suas medidas poderão ser um desastre social para o país o tal rapazinho corajoso e com um fino sentido de amor desapareceu, optou por deixar de dar a cara. Parece que gastou toda a coragem que tinha nas medidas que adoptou para mais tarde se exibir perante auditórios extremistas nas universidades mais liberais.


(In Blog O Jumento )

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Ainda o 5 de Outubricídio



• Fernanda Câncio, O 5 de outubricídio:

‘Comemorar o 5 de Outubro é celebrar o fim de um regime de religião oficial em que o poder era um desígnio divino e o povo, em vez de soberano como na república democrática, súbdito. Sempre odiada pela direita (a única que odeia mais é o 25 de Abril, mas essa ainda está demasiado fresca para matar), a data é, 101 anos depois, assassinada num golpe palaciano. Numa Europa regida por poderes não eleitos, em que se rasgam Constituições e se faz fogueira da história, a simbologia deste datacídio não devia passar despercebida. Mas nem uma agulha bule na quieta melancolia - e quem não se cala leva a tarja de "anticlerical". Como ironia, não está nada mal.’

(Publicado por Miguel Abrantes em Camara Corporativa - Imagem - Gravura Net )

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

D. Januário Torgal atónito.......,



Bispo fica atónito por o Governo ir além da troika

«D. Januário Torgal Ferreira revelou ficar "atónito" com as medidas tomadas pelo Governo que vão além do memorando de entendimento assinado com a troika. "As medidas da troika são duras mas não me deixam surpreso, mas depois descubro que os nossos governantes vão além dos sacrifícios impostos pela troika e fico atónito", confessou o bispo.

O bispo das Forças Armadas não poupa críticas ao Governo, referindo que as medidas que têm sido tomadas são como uma manta que, quando se puxa para tapar a cabeça, destapa os pés. "Não acredito que quando começarem a morrer pessoas à fome, quando começar tudo numa barafunda, se continue a achar que vale a pena puxar a manta", considera.» [DN]

Parecer:

Ficamos todos.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pelas consequências de tanto fundamentalismo e irresponsabilidade.»

(In Blog O Jumento - Imagem: Jornal Público )